Embora tente, a diretoria não consegue esconder o mau cheiro e a fedentina que exalam pelos retentores instalados para evitar esses vazamentos.

E não é pela qualidade do produto empregado, mas sim pelo volume acumulado de matéria em decomposição; coisas mal conduzidas; mal resolvidas e muito mal explicadas durante os últimos anos, como se fosse um erro ou um pecado informar corretamente, sem subterfúgios, sem meias verdades, sem embromação, aquilo que realmente acontece dentro do bunker de MCP e sua corte!

O mais curioso é que nossos melhores atletas da noite pro dia, invariavelmente saem pela porta dos fundos, atirando pra tudo que é lado, deitando falação sobre o arcaico e despótico sistema de governo do todo poderoso!

Em seguida vêm as explicações oficiais classificando o atleta e seu empresário como mercenários; ingratos; de futuro incerto, como o Jadson; amigos da noite; indisciplinados e outros adjetivos manjados, que servem apenas para depreciar o atleta, parte dos ativos do clube, ou seja: patrimônio!

O próximo passo são as barras dos tribunais, e dali pra frente a liberdade com dinheiro no bolso, restando ao clube apenas o pagamento das custas processuais, e a vergonha de perder mais uma ‘causa ganha’!

Assim acontece com a esmagadora maioria das nossas recisões; é dessa forma que nossos melhores atletas somem, para aparecerem dali uns dias num clube concorrente, e ávidos para mostrar ao mundo a outra face da moeda; o lado verdadeiro da história!

E foi esse círculo vicioso que acabou com o orgulho e com o tesão de jogar do nosso elenco! Nossos homens perderam a vontade e o cacoete da vitória! Contam nos dedos os dias que faltam para descarregar o pesado fardo representado por uma camisa símbolo da raça, do despreendimento, da luta e da vergonha na cara!

Uns, mais arrojados ou impacientes, saem antes, desaparecem, chutam o pau da barraca e somem, como sumiram Jancarlos; Marcos Aurélio; Dagoberto; Danilo e o resto!

Outros, talvez com medo do desemprego e do ostracismo vão ficando, ficando, pensando assim: ‘ruim com ele; pior sem ele’, formando uma borra inútil, inservível!

Restam-nos oito partidas! Pessoalmente acho que ainda dá pra escapar da degola, desde que alguém possa mexer com o brio e os culhões dos nossos atletas; precisamos urgentemente de um feiticeiro tipo o velho Hélio Alves, que diga claramente aos meninos que aquilo que eles carregam entre as pernas, tem que ser honrado! Caso contrário…