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7 dez 2008 - 16h19

O porquê de tudo isto…

Sou atleticano desde o berço. Hoje, com vinte e cinco anos, sou eternamente grato a meu avô paterno, Olegário Saldanha Araujo, por ter me apresentado ao Clube Atlético Paranaense.

Lembro-me, quando ainda criança, do ‘Vô Olegário’ com o radinho à pilha colado no ouvido. De repende, um soco na própria perna e um palavrão: era gol da Platinense!

E assim cresci. Entre derrotas para a Platinense, empates com o Batel e vitórias sobre o Toledo.
Antes que alguém questione, é bom deixar claro que o Vô Olegário era nascido em 1910. Portanto, uma atleticano de origem, na acepção da palavra. Foi, inclusive, goleiro do juvenil do rubro-negro.

Já eu, de outro canto, sou de 1983. Ainda que me considere atleticano desde a maternidade, é justo afirmar que descobri o que é, verdadeiramente, o Atlético em 1990, naquela final ‘do Berg’. Lembro-me de ouvir, no fim do jogo, um grito de gol. De repente, vem a voz: ‘E é gol do Atléticoooooo… contra’. E aí, seria um gol que o Atlético teria feito contra ou seria o gol de nosso título? Segundos de angústia…. Eis que vem a senha: era a voz do Vô Olegário, do segundo andar da casa: ‘É nosso!’ Lembro-me, apenas, de sair correndo pelo corredor, gritando ‘Atlético, Atlético!’ e. me jogando no chão. Ali estava um rubro negro.

Pois bem.

Os anos se passaram. E não foram nada bons. O Atlético estava mau das pernas e meu querido avô, octogenário, infelizmente, foi adoecendo.

Quando, em 1996, sua esposa – minha amada avó – o deixou, meu avô não queria mais viver. Sua única fonte de alegria era o Atlético. E, felizmente, já era outro Atlético. Era um Atlético da primeira divisão, de jogadores cobiçados por todo mundo, de um presidente nunca antes visto por estas bandas.

Lembro de uma das últimas conversas que tive com meu avô, poucos meses antes de ele nos deixar, em um leito do Hospital Nossa Senhora das Graças, quando selamos nossa classificação entre os oito, no Campeonato Brasileiro de 96.

Disse ele, com lágrimas nos olhos: ‘Thiago, nunca ninguém fez nada comparável ao que esse homem fez no Atlético. Nunca imaginei que o nosso time pudesse ser temido dessa forma. Você tem muita sorte de viver essa época’.

O nome desse homem?

Mário Celso Petráglia.

Eis o porquê de tudo isto.



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