A beleza da gratidão
A gratidão é um dos sentimentos mais belos do ser humano. O reconhecimento pelo sacrifício, pelo apoio incondicional das pessoas, é algo raro hodiernamente.
Pois bem, raro também é uma torcida como a atleticana. Por incontáveis oportunidades, carregamos nas costas o time. Em 2001, a força das arquibancadas foi fundamental para o título brasileiro; em 2004, eramos imbatíveis em casa, levados pelos gritos da fanática torcida; em 2005, na épica Libertadores, eliminamos Santos e Chivas no calor do Caldeirão, vencendo os primeiros jogos.
No ano que se findou, a diretoria teve ao menos duas mostras do apoio da torcida: na reta final do brasileirão, a massa rubro negra empurrou incondicionalmente a equipe para fora da zona de rebaixamento; nas eleições para a presidência do nosso querido CAP, elegemos a atual diretoria por uma expressiva margem.
E, acredito eu, não estamos arrependidos. O Dr. Marcos Malucelli e sua equipe estão fazendo um bom trabalho. Daí nossa perplexidade diante da recusa em abrir um pouco a mão para repatriar o Claiton. E esta perplexidade transforma-se em mágoa. Sim, sentimo-nos magoados pela ingratidão dos nossos diretores. Basta um pouco de esforço, e o Predador voltará a honrar o manto rubro negro. E este esforço é uma grande oportunidade de mostrar gratidão. Gratidão por tudo o que esta fantástica torcida fez no último ano.
A vinda do Claiton seria o grande presente de Natal atrasado para os torcedores.
Não é muito o que pedimos. Não somos como muitas torcidas brasileiras, corneteiras por vocação, somos simplesmente apaixonados.
Gratidão, senhores, é só o que pedimos.
Gratidão demonstrada pela vinda do Predador.