Corria o ano de 1997 (ou 1998?) e o nosso atlético mandava seus jogos no pinheirão.

Noite fria e chuvosa de meio de semana e lá estávamos nós a contar nos dedos, para enfrentar o poderoso palmeiras da época.

Pra variar, naquele tempo, tínhamos um bom time no ataque e um razoável na defesa.

E, do jeito que deu, segurávamos um 0 x 0 até lá pelos trinta do segundo tempo, quando nosso querido e estimado lateral-direita, Alberto, foi sair jogando e perdeu a bola bisonhamento para o Alex, que acabou fazendo o gol da vitória.

E ele fazia isso direto, quase nos matava do coração ao sair jogando, mas tinha muita habilidade e, no final das contas, nos deu mais alegrias do que tristezas.

Só que hoje, aos 34 anos, este grande ídolo atleticano não tem mais a menor condição de repetir seus feitos do passado e, como já disse um colega em outra coluna, precisa se adaptar à outra função no campo.

Já do outro lado, temos uma figura morta, um pseudo jogador, um engana-trouxa, chamado de Netinho.

Não marca, não cria, não apoia, não dribla, não cruza. Dizem que é nossa principal jogada. Para mim, quer dizer que é o isolador oficial dos chutões para a área.

Desafio qualquer um a me mostrar uma estatística favorável de cruzamentos, escanteios e faltas que tenham sido minimamente aproveitados por esta figura.

Digo tudo isso para concluir que, o único problema do atlético reside nas laterais. É lá que nasce toda a dificuldade, tanto ofensiva quanto defensiva.

Vibrei quando fiquei sabendo que jogaríamos com apenas um volante (apenas modo de falar, bem entendido), só que, para dar certo, é necessário que os alas participem ativamente não apenas da marcação no meio, ajudando o volante nos lados do campo, mas principalmente estando presentes na criação das jogadas do meio para frente, e isso nenhum dos atuais titulares faz.

Todo o resto do time tem se apresentado razoavelmente bem, sendo a tendência de um crescimento bastante significativo, inclusive o Júlio César, tão criticado aqui, mas que tem se apresentado ao jogo e criado várias chances de gol, coisa que o He-Man não está fazendo.

Temos, ainda, Julio dos Santos, Ferreira, Lima e Marcinho, para mim, os titulares.

E, para as laterais, Alex Sandro e… RAUL!

RAUL NELES, NAÇÃO ATLETICANA!!!