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10 fev 2009 - 19h14

Biênio 2008/2009

Deveríamos aprender a dissociar um resultado positivo da forma com que ele foi obtido. Quando a vitória vem, os defeitos, por mais que existam, tornam-se menos latentes, visto que o objetivo subentendido como três pontos foram alcançados.

E de fato os três pontos vieram em Cascavel e o que preocupa é que veio por um ato final de um único cruzamento certo vindo da direita finalizado pela coragem de Rhodolfo, que aos 45 do segundo cruza o campo e faz um belo gol.

Será que se fosse zero a zero deveríamos estar mais receosos? Acho que não, pois resultados magros contra times absurdamente inferiores passaram a ser naturais para nosso Atlético.

Quero dizer que a coisa está feia. Podem me chamar de abutre, pessimista, do que for, mas reitero: do jeito que está, vamos nos deparar com penúrias futuras bem conhecidas há uns 36 meses.

Me espanta termos chegado a 20.000 sócios e não termos um time melhor qualificado.

Me espanta ver Geninho atuar com um time onde as laterais esquerda e direita só funcionam com jogadores improvisados (Zé e Netinho).

Me espanta ver um meia armador lento, o Julio, longe de ser unanimidade, jogar fora da sua posição, recuado para exercer a função de segundo volante.

Me espanta ver que nosso ataque ainda não está definido.

Me espanta ver Ferreira não chegar sequer a sombra dele próprio há nove meses.

Me espanta ver Raul em férias, que mesmo claramente imaturo, é um lateral “lateral”.

E o que mais me espanta é ver a massa atleticana feliz com a tal base que não foi rebaixada por detalhes em 2008. Lembramos das gloriosas 9 últimas rodadas, mas nos esquecemos do restante do campeonato.

Tivemos sorte pelo fato do time ter reagido positivamente sobre a imensa pressão sofrida em 2008. Jogou mais, quando outros sentiriam o golpe e jogariam talvez menos. Méritos a Geninho.

Particularmente não acredito nesta base. E, embora parta meu coração, não concordo com o trabalho de Geninho no início de 2009.

Nosso time é vulnerável e bastará defrontar-se contra um time qualificado para vermos nossa defesa exposta. Não tomamos gols contra Rio Branco, Coritiba e Cascavel pela absoluta ineficácia de seus atacantes.

Se jogaremos com apenas um volante, Julio não pode ser o meia recuado. Não tem esta característica, não faz o que Kléberson fazia, não tem cacuete de marcador e não tem velocidade pra sair jogando, fundamental nesta posição, em minha humilde opinião.

Meus caros, creio que o esquema de um time deva ser aquele que melhor aproveita as peças do elenco.

Temos Zé Antonio, um volante que notabilizou sua carreia por gols e fortes chutes da intermediária e o improvisamos na lateral.

Reclamamos durante anos por não ter um meia veloz pra fazer dupla o Ferreira, agora temos Marcinho e não usamos.

Pelas caracterísricas de nossas peças hoje, sou favorável a um 4-4-2 com dois zagueiros e dois laterais (Raul e Alex), um quadrado no meio com Valencia, Zé, Ferreira e Marcinho com Lima e Rafael na frente.

Já que os reforços vieram à míngua, creio serem estas nossas melhores peças.

O que acho incoerente é termos jogadores com certas características positivas, mas insistimos em improvisações que em 40 dias não tem provado retorno. Já estamos em fevereiro, com a Copa do Brasil batendo à porta e um Brasileirão que promete ser muito acirrado. Precisamos definir o esquema, as peças, e os reforços ainda claramente necessários.

Meu maior medo é que a política do “com o que tem dᔠfaça 2009 ser parecido com 2008.

O esquema de Geninho seria perfeito se tivesse ele as peças que teve em 2001.

Seu corporativismo com aqueles que ajudaram o CAP no final de 2008 pode estar sendo bom para o ambiente do grupo, talvez não para o time.

Com este esquema, sem mais reforços e com nossas peças dispostas como estão, não vamos a lugar algum.

Mas, continuemos apoiando, sempre cantando!

Aos desesperados céticos de plantão, digo que cobrar e criticar não são nem nunca serão sinônimos de torcer contra.



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