Vaias vergonhosas
Domingo passado foi, pra mim, um dia para esquecer. Não por causa do jogo, das lacunas técnicas que nosso time ainda apresenta, mas por causa da intransigência e da ignorância de certos torcedores que, ao meu ver, não deveriam sequer pisar nas arquibancadas de nosso estadio.
Sinceramente eu nunca tinha visto alguém vaiar uma pessoa caída, machucada, chorando humiliada por perceber suas limitações físicas em defender a camisa que ele mesmo arriscou vestir no crepúsculo de sua brilhante carreira e que, tenho certeza, tenta honrar da maneira que seu biótipo lhe permite no momento.
Vergonha, torcedores intolerantes, aliás, vergonha, seus moleques! É assim que me ensinaram a chamar quem que, ao invés de estender a mão a alguém caído e ajudá-lo a levantar, coloca o pé sobre seu peito em sinal de troféu.
Boa sorte, Alberto, você ainda vai se levantar e transformar estas poucas e insignificantes vaias em muitos e merecidos aplausos.