Terra de trouxas
Não sei se a voz rouca e histérica do Ivo Wortmann me irrita mais que a do narrador sonso da TV que detém o direito de transmitir jogos desse campeonato paranaense mixuruca e sem graça. Ambas têm esse poder de me tirar do sério. Isso porque dou generosas gargalhadas ao ouvi-las.
Certa vez, em uma conferência, alguém disse que se uma proposta for boa mesmo, ela não precisará ser defendida aos berros. O fato é que o desespero do Wortmann está mais baseado na constatação da fragilidade do time ervilháceo. Não pensem que o time do Atlético também é lá essas coisas. Os outros é que são piores. Uma coisa esses times têm em comum: a capacidade serem trouxas, verdadeiros manés. Enquanto um paga até 300 mil reais por mês por um treinador que não deu certo em nenhum outro time, o outro traz um jogador em final de carreira, que não deu certo no Framengo, responsabiliza-se por R$ 1,55 milhão por dez meses, e com direito à porta aberta em julho para a Europa. É, copiando a frase registrada no texto do torcedor Luiz Alberto Bauer de Almeida no espaço Fala, atleticano: Lá só tem trouxa, lá eu mando, inclusive na imprensa. Conforme o subscritor da mensagem, tal frase foi dita pelo Geninho em uma roda no Aeroporto de Congonhas. Mesmo que essa frase não tivesse sido captada, não seria necessário ser extraordináriamente inteligente para constatar que somos, de fato, uma terra de trouxas. O Petraglia jamais faria esse negócio. Talvez aí resida a raiz da questão: O Petraglia ou eu (risos, muitas gargalhadas).
Quando começa o Campeonato Brasileiro?