O Fala, Atleticano é um canal de manifestação da torcida do Atlético. Os textos abaixo publicados foram escritos por torcedores rubro-negros e não representam necessariamente a opinião dos responsáveis pelo site. Os autores se responsabilizam pelos textos por eles assinados. Para colaborar com um texto, clique aqui e siga as instruções. Confira abaixo os textos dos torcedores rubro-negros:
16 mar 2009 - 9h27

Ser ou não ser petraglista

Ninguém mais que eu torce para que o Atlético seja um time vencedor, um campeão em todas as competições das quais participar. Entre querer, torcer e ver o sonho realizado há um enorme espaço. Para diminuí-lo, serão necessários muito trabalho, sabedoria, coragem e inteligência.

O Paraná Clube soube encurtar muito bem esses caminhos, pois foi um time vitorioso logo que veio ao mundo. Como eles dizem: “já nasceu grande”! Os dirigentes daquela época sabiam como ninguém fazer dívidas, vender imóveis, pagar altos salários, onerar patrimônio, tudo em nome e em busca de pequenos orgasmos naquelas “rapidinhas” dadas.

Houve um tempo em que alguns atleticanos diziam que o Evangelino Neves bem que poderia ter adotado o Atlético como clube do coração assim que chegou a Curitiba.

Hoje, percebo a besteira que o pessoal do Paraná fez, e qualifico também como não-procedente a afirmação de que o chinês deveria ter sido atleticano.

Petraglia sim, este nasceu para ser atleticano, estava escrito nas estrelas. Além de ter “aquilo virado pra Lua”, soube aliar a sorte com competência e muito trabalho, planejamento, visão estratégica e outros atributos.

O Sarney também foi um sujeito que nasceu com “aquilo pra Lua”, mas “enfiou-a naquilo” quando se desviou do traçado elaborado pelo Plano Cruzado, colocando-nos numa enorme enrascada.

Aonde quero chegar?

A diretoria atleticana tem diversos caminhos e múltiplas opções a seguir. Ela pode tomar o seu lugar na história como um Sarney, ou ser corajosa o suficiente para retomar ao projeto iniciado em 1995, contando com o auxílio do Petraglia.

Não se faz mais futebol de forma amadora. Vide o exemplo dos coxinhas e dos paranitos. O próximo passo dos coxinhas será o de mandar embora o Ivo “rouco”, dando-lhe um tempo para procurar o Dr. Ricardo Barrionuevo – um excelente otorrinolaringologista -, atleticano roxo, e repatriar o René Simões, o herói da trepada, ou da subida, como quiserem, para a primeira divisão, mas ele não viria para cá ganhando pouco dinheiro.

Enfim, soluções amadoras, soluções simples, porém desastrosas, exatamente como o Sarney fez, perdendo o trem de uma história vitoriosa, altamente edificante para as gerações futuras.

Uma outra coisa muito intrigante: tenho visto manifestações em nosso espaço “Fala, atleticano!”, de um grupo acusando o outro de “petraglistas”, pressupondo que existam, então, os “não-petraglistas”.

Antes de entrar nessa segmentação, vou convidá-los a raciocinar um pouquinho mais além do normal, e com algum esforço poderemos concluir o pensamento.

Alguém já viu em nossos espaços, as denominações farinhaquistas, onairevistas, coelhistas, zimermanistas, aduristas, forneanistas, malucelistas, gearistas, ou quaisquer outros “istas”?

Claro que não, e posso estender tal questionamento aos outros clubes: já viram alguma denominação como mirandista, evangelinista, cirinista, gionedista, dominguista, bolicenhista, ou quaisquer outros “istas”?

Claro que não, não existe isso, o único dirigente com direito a um “ista” foi e é o Petraglia, formando assim o neologismo “Petraglista”.

Então, amigos, em vez de diminuir, fracionar uma parte da torcida atleticana que ama o Atlético e quer vê-lo andar pra frente, sempre pra frente, com passos seguros, firmes, planejados estrategicamente, agindo dessa forma pouco inteligente, só farão aumentar o nome Petraglia. Esse é famoso “tiro no pé”. Vamos criticar com a razão, com inteligência, como eu sempre fiz com relação à administração petraglista (olha eu também a usando… risos), vamos formar um bloco de vencedores.

A melhor solução para o Atlético seria a de convidar o Petraglia para voltar ao trabalho, há muita coisa para fazer. A parte social, o Geara sabe fazer muito bem, ele sabe como ninguém, atravessar a rua, tomar umas “beras” ao redor da piscina com o pessoal das organizadas, jogar um truquinho, isso ele poderia continuar fazendo, porque nessa área o Petraglia é um desastre, nunca jogou para a torcida, sempre jogou para o time.

A parte jurídica poderíamos deixar ao encargo do Malucelli, ele é bom nisso, em todas ele ganhou do Fernando Barrionuevo, em todas ele “deu um pau” naquele moleque atrevido (risos), e a parte que vende e empresta jogador, aquela que lida com as coisas da Copa do Mundo de 2014, com o relacionamento dentro do Clube dos 13 e com a CBF, mais o lado estratégico do projeto de 1995, essas coisas deveriam deixar com quem entende, deixem com o Petraglia, porque assim sendo, seremos fortes, deixaremos um ótimo legado para as gerações futuras, não correremos o risco de nos tornarmos um coxinha ou um paranista da vida (esse termo “da vida” não tem conotação nenhuma como a que o Mafuz quer dar a entender, o “da vida” aqui usado quer dizer simples, sem projeção, invisíveis perante o mundo, pessoas que não criam ou não formam outros “istas”).

Não quero dividir, fracionar, fragmentar, aliás, quero somar, não quero ser um petraglista, mas se não me derem uma nova opção mais benéfica e produtiva para o nosso amado Atlético, aí então eu serei um “petraglista” assumido. Pelo menos assim sendo, não correrei o risco de ver diretores babando ovo de radialistas que sempre nos prejudicaram e beijando a mão de dirigentes coxas que sempre aprontaram contra nós. Uma coisa é ser humilde, e outra bem diferente é ser humilhado.



Últimas Notícias

Brasileiro

Fazendo contas

Há pouco mais de um mês o Athletico tinha 31 pontos, estava há 5 da zona de rebaixamento e tinha ainda 12 partidas para fazer.…

Notícias

Em ritmo de finados

As mais de 40 mil vozes que acabaram batendo o novo recorde de público no eterno estádio Joaquim Américo não foram suficientes para fazer com…

Brasileiro

Maldito Pacto

Maldito pacto… Maldito pacto que nos conduz há mais de 100 anos. Maldito pacto que nos forjou na dificuldade, que nos fez superar grandes desafios,…

Opinião

O tempo é o senhor da razão

A famosa frase dita e repetida inúmeras vezes pelo mandatário mor do Athletico, como que numa profecia, se torna realidade. Nada como o tempo para…