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27 mar 2009 - 0h15

O sonho não pode acabar

Feliz aniversário, CAP!

O sonho não pode acabar. Hoje nosso clube é saudado em todo Brasil pela passagem de seu octogésimo quinto aniversário. Fico feliz ao ver que o nosso Atlético chega à essa idade revigorado pelos quatorze anos de uma administração que o transformou de um simples e reles time de futebol provinciano, condenado a no máximo seis meses de calendário por ano, uma disputa de primeira divisão de quando em quando e um título de paranaense de doze em doze anos, a um clube de ponta do futebol nacional.

O sonho não pode acabar. Hoje nosso Clube tem a melhor estrutura futebolística do país, está fortalecido em todas as suas bases, tem uma torcida que em um curto período de tempo comemorou a conquista de diversos ‘Paranaenses’, realizou o sonho, antes inimaginável, de campeão brasileiro, entrou em êxtase com um vice-campeonato de Libertadores da América, que só não foi. . . bem, todos sabemos porque não foi, não é mesmo? Isto pra não dizer de conquistas que, embora pareçam menos importantes, são totalmente impensáveis para outros tempos de nossa história, como: uma seletiva para Libertadores, um vice-campeonato brasileiro, uma semi-final de Sulamericana e, ao todo, três Libertadores da América.

Enfim, o sonho não pode acabar. Afinal ainda tenho fresquinho em minha memória as palavras de nosso ‘incomparável’ comandante, dizendo: ‘O planejamento traçado nos levará a ser um dos maiores Clubes de futebol da América do Sul’.

O sonho não pode acabar. Por isso, mesmo atropelado pelos recentes acontecimentos em nosso Clube, vendo pessoas que antes abraçavam uma causa, agora movidos talvez por sentimentos obscuros ou pela incapacidade de acompanhar a linha de raciocínio do idealizador e principal construtor da obra, se volta contra uma realização que se parecia incontestável e muito próxima de acontecer.

O sonho não pode acabar. Não quero e não tenho o direito de julgar ninguém, mas como torcedor quero de volta o meu direito de continuar sonhando.

Já não tenho mais quatorze anos como em 1.971, quando comecei a torcer pelo Atlético, movido por um sentimento de perda, quando se divulgava em um canal de televisão que o Atlético, enterrado em dívidas e totalmente sem perspectivas, poderia fechar as portas para sempre.

Até mesmo como em 1.995, quando depois de humilhante derrota para o então maior rival, um homem de fala firme, com tom de severidade e conhecimento, movido talvez pelo sentimento de quem sabe o que fala e fala o que sabe, vendo e ouvindo os gritos de bravura de um povo, que mesmo humilhado, cantava seu amor ao Furacão, assumiu em público a missão de realizar a grande e incomparável transformação.

O sonho não pode acabar e não temos mais tanto tempo para esperar. Que essa data seja sim comemorada, mas que seja também a certeza, que em toda nossa história nunca houve ninguém que, isoladamente, seja atleta, seja dirigente, seja torcedor, tenha feito tanto pelo nosso inestimável Clube Atlético Paranaense como fez o nosso grande comandadnte Mário Celso Petráglia.

O sonho não pode acabar e pra não acabar é preciso reconhecer: volte, Sr. Petraglia.



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