Capacidade de reação
Nunca duvidem da capacidade de reação do Furacão, seja ele com o time que for.
Antes que os desiludidos venham com várias pedras na mão, informo que essa frase não é minha, mas do leitor Sandro, que a escreveu em dezembro do ano passado, após a fuga da degola.
No entanto, o mesmo Sandro, na semana passada, escreveu a seguinte frase:
Vamos nos arrastando não sei até quando, tentando fugir novamente do nosso triste futuro no Brasileiro.
Infelizmente o bate-boca de cunho político que instaurou-se no Atlético de algum tempo para cá levou pessoas que antes acreditavam e apoiavam o clube a entrarem em um clima negativista e jogar toda a culpa na diretoria, como se o desempenho pífio da equipe fosse novidade, algo exclusivo do ano de 2009. E olha que o campeonato ainda nem terminou.
E o que é pior, tem torcedor comparando um jantar de comemoração pelos 85 anos do clube a um ato pérfido e repugnante como um estupro.
Pergunto a essas pessoas quantas vezes foram convidados pela cúpula anterior do clube para jantares desta natureza.
Eu, assim como a grande maioria da nação rubro-negra, posso bater no peito e dizer, com orgulho: eu não duvido da capacidade de reação do Furacão, seja ele com o time que for, com o técnico que for, ou com a diretoria que for. Porque pra mim o clube está acima dos indivíduos que o comandam.
E isto porque a mística da camisa rubro-negra é capaz de coisas que muitos duvidam, até mesmo quando o manto é vestido por jogadores de qualidade técnica pra lá de duvidosa.
Todavia, como o futebol não é um conto de fadas, para isto ocorrer, muita coisa deve ser mudada. Julio César pra mim não pega nem banco. Wallyson em três ou quatro jogos já mostrou que é mais jogador que ele. O limitado, porém guerreiro, Rafael Moura, que não é lateral de ofício, ontem fez uma jogada pela esquerda que nosso lateral titular nem de longe sonha em fazer. Cadê o Márcio Azevedo? O Raul já está também merecendo a chance dele, acho que já passou da hora. E méritos para o leão Valencia, a cada jogo o cara se supera, corre por cinco companheiros de equipe.
Já está na hora do Geninho deixar a teimosia de lado e promover mudanças (até porque o Brasileirão está aí). E antes que falem que quem devem sair é ele por conta do salário, digo que um Luxemburgo da vida não sai por menos do que 500 paus por mês. Se for por conta da falta de competência, listem quem acham que devem vir então. Mas podem ter certeza que esses ilustríssimos senhores que vieram para cá nos últimos três anos esses sim, pra destilar sua incompetência – continuarão bem longe daqui (com exceção do Nei Franco alguém entendeu a troca dele pelo Roberto Fernandes? e do bom velhinho Evaristo de Macedo).
E digo mais: a menina dos olhos de alguns lá dentro era o Ivo Wortmann. Aí sim vocês veriam o que é estar bem ferrado.
Vamos nos unir, gente. Nada de mandar ninguém tomar naquele lugar (com exceção apenas dos coxas em The Wall), e muito menos de se deixar levar por esse ou aquele momento, nem por chororô de pessoal com a vela preta na mão.
Calma, muita calma. Repito, se é que alguém ainda não sabe disso, e já parafraseando novamente o Sandro: Nunca duvidem da capacidade de reação do Furacão, seja ele com o time que for.