Objetivos definidos
– ‘O que vocês queriam? Estavam achando que iríamos vencer todas as partidas em casa?’. Foi esse o tom do início de entrevista do Sr. Eugênio ontem, após a vitória do J. Malucelli de virada em plena Arena da Baixada na PRIMEIRA rodada do 2º turno.
Sim, Sr. Eugênio. Não estava apenas achando que iríamos vencer todas em casa, mas também que vocês deveriam ter por obrigação vencer todas essas partidas em casa.
Não, Sr. Eugênio. Essa não deveria ser a pergunta feita em sua entrevista. Diversas perguntas deveriam ser feitas depois desse jogo, como por exemplo:
– ‘Vocês acham que eu tenho algum padrão de jogo definido?’
– ‘Vocês acham que eu treino jogada ensaiada?’
– ‘Vocês acham que esse time honra a camisa que veste?’
– ‘Vocês não acham que sou mais importânte que o próprio Clube Atlético Paranaense?’
– ‘Vocês acham que foram os jogadores que salvaram a equipe no ano passado?’
É, Sr. Eugênio. Esperei demais da conta para expressar as minhas verdades. Não dá mais para esconder.
O Sr. foi acometido por uma das piores características do ser humano, aquela de se achar insubstituível.
Seu ego está 10 vezes maior que sua barriga. Tornou-se prepotente, arrogante, e o pior de tudo, com o aval da grande parte da torcida que o ‘endeusa’ toda vez que entra no gramado.
Me diga qual seu esquema de jogo e diga quem são os seus 11 titulares; me diga quais são suas jogadas ensaiadas; me convença que Netinho, Júlio César e Alberto são fundamentais para o time; me convença que você faz por merecer os R$ 200.000,00 por mês que embolsa do clube; me convença que você tem carinho por essa torcida. Eu o desafio.
Você é um mercenário da bola como qualquer outro que passou por aqui e que ainda passará. Não tem amor nenhum. Ou melhor, tem sim, pelos 200 paus que são creditados na sua conta.
Me diga que um Casemiro Miór, um Givanildo, um Arthur Netto não fariam a mesma porcaria de trabalho que você está realizando com o diferencial destes cobrarem 10, 15 pau por mês?
Desafio você, Sr. Eugênio, a reduzir pela metade seu salário para que com a diferença o clube possa ter condições de trazer mais algum jogador.
Ah, claro. O Sr. irá dizer que ama o Atlético Paranaense mas não é burro, não é?
E por acaso o Sr. acha que eu sou? O Sr. acha que escolheria o Sr. em detrimento ao ex-presidente MCP como fez questão de deixar bem claro para quem quisesse ouvir em uma de suas entrevistas?
O Sr. realmente acha que eu tenho mais amor e paixão pelo que fez do que pelo meu clube?
O Sr. acha realmente que eu o colocaria a frente do meu Clube Atlético Paranaense? Acha realmente que teria mais respeito e admiração por você do que por minha instituição?
Sua prepotência parece não ter mais limites.
Não tenho memória curta. Sr. Eugênio. Dia desses o Sr. afirmou em um jornal que não tinha problema algum com o ex-presidente MCP. E depois vem a público ameaçar dizendo que a torcida é que irá escolher se fica com MCP ou com o Sr.?
Sei muito bem do seu amor ao clube e do seu profissionalismo. Sr. Eugênio. Sei que o Sr. e seus comandados fizeram corpo mole naquela Libertadores que fomos desclassificados na 1ª fase só porque não havia recebido os ‘bichos’ atrasados da conquista do Campeonato Brasileiro de 2001.
Sei sim, Sr. Eugênio, que hoje o Senhor se considera mais ‘dono’ do clube do que apenas mais um funcionário.
Nunca me enganei com o Sr. Para mim, o Sr. nunca passou de um técnico regular. Não era nada antes do Atlético Paranaense e demonstra novamente que se um cavalo ficasse sentado no banco de reservas comendo feno durante todos os jogos do Brasileiro de 2001, mesmo assim seríamos campeões. Simplesmente porque aquele time encaixou. Não por sua inteligência. Simplesmente encaixou.
Técnico de futebol ganha jogo? Ganha sim. Mas certamente esse técnico não se chama Eugênio.
Técnico que pode ganhar R$ 200.000,00 por mês é aquele técnico que pega uma porcaria de time como esse e o faz vencedor.
Você fez ou está fazendo isso, Sr. Eugênio?
Se lhe resta um pouco que seja de dignidade e decência, peça pra sair. Não explore mais o clube. Pare de assaltar os cofres do Atlético. O Sr. sabe muito bem que não merece o que lhe pagam. O Sr. sabe muito bem qual o nível de seu potencial. Seja homem e vá embora.
Não subestime mais minha inteligência.
Não sei mais o que serei capaz de fazer se novamente o Sr. me disser que Júlio César, Alberto e Netinho são titulares absolutos desse time.
Faço um apelo: vá embora! E logo!