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1 abr 2009 - 15h11

A piazada, os bastidores e o time principal

Nós, torcedores, ainda que munidos de nossa “lógica futebolística de pseudo-técnicos”, no fundo não temos a menor idéia do jogo de negócios que deve ocorrer nos bastidores.

A coisa que mais tem sido escrita neste espaço é acerca da escalação dos vice-campeões da Copa São Paulo, com a esperança que salvassem esse paranaense. Tenho dois pareceres que julgo pertinentes.

Primeiro. Ainda que certamente haja bons valores nesse time, ele não é feito de craques como tem se pintado por aí. São bons jogadores, que mostraram raça e poder de reação na Copinha. Em minha opinião, Marcelo (atacante reserva) é o 1º que deveria subir. Todavia, o preciosismo que tem se gerado sobre essa moçada pode decepcionar. Logicamente que espero que não, mas procuro ser comedido ao falar sobre esse assunto. Chegamos à final (e merecíamos ser campeões) trombando muito.

A segunda observação é que, por conta da expectativa que criamos sobre essa piazada, expectativa essa que nos faz querer que ontem já estivessem no time principal, não prevê as negociações de bastidores e nem qual a intenção do clube em de alguma forma blindar esses promissores atletas. Será que os empresários deles não estão pedindo muito? Será que estão querendo continuar por aqui? Será que os clubes do eixo midiático já não estão nas orelhas da molecada? Eu creio que sim. Não é à toa que os representantes do CAP evitam falar acerca desse assunto. Acho que a pressão deve estar grande lá dentro e esse vácuo, que nós torcedores sentimos, está intimamente ligado a esforços que estão sendo feitos (ou pelo menos deveriam estar sendo feitos) pra mantê-los por aqui.

Assim, concluo que não adianta ficar gritando aos 4 ventos: “cadê os piás?”, porque a coisa nos bastidores deve ser muito mais enrolada do que imaginamos.

Quanto ao time, corroboro com o que boa parte da moçada anda falando. Apesar de minha admiração por Geninho, creio que a insistência com os atuais alas está fazendo mal ao time, aos atletas e ao próprio Geninho. Netinho é um bom jogador, já mostrou isso inúmeras vezes, entretanto, sozinho não joga. Além de não estar na sua posição, não estar num bom momento, está errando muito e, portanto, precisa de um banco pra pensar. Márcio Azevedo está pedindo passagem há tempos. Quanto ao Alberto, não creio que ele consiga jogar muito mais do que está mostrando. De qualquer forma, os xingamentos desferidos contra os supra citados atletas, no último jogo, me chatearam bastante. Nossa torcida é diferente, não costuma agir assim. Pedir alas, concordo, todavia, achincalhar um grande ídolo do passado (Alberto) e xingar um piá que teve uma atitude raramente vista nos dias de hoje no futebol, a de dizer “quero sair daqui campeão por esse time” e mostrar amor pelo clube, é no mínimo decepcionante. Merecem respeito. Não são eles que se escalam. Eles apenas jogam. Isso pra não falar que esse tipo de atitude não vai ajudar em nada no desempenho dentro de campo. Nossa torcida é conhecida por apoiar até o fim. Depois do jogo, tudo bem, protestos são válidos.

Quanto à zaga, ainda que goste de Chico, Rafael é melhor zagueiro. Chico merece a meia-cancha. Esse time tem cara de 4-4-2. Jogar no 3-5-2 com alas que não rendem e não conseguem apoiar proficuamente, é como água de salsicha, não serve pra nada.

Se Marcinho jogasse metade do que se esperava dele, o time estaria bem. Pois nosso meio é muito fraco, isso não sobrecarregaria as alas. O 4-4-2 colocaria dois meias tabelando. A armação do time ganharia.

Esse time não é um espetáculo, mas não é tão ruim quanto parece. Dois alas com qualidade e um bom meia atacante resolveriam nosso problema, creio.

É por aí. Ainda que perder tenha sido frustrante, talvez não houvesse melhor momento pra perder e acordar do que a 1ª partida da 2ª fase. Dá tempo de correr atrás. O negócio é acreditar.



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