25 abr 2009 - 15h56

Atletibas memoráveis: o supertime de 1983

Dando continuidade à série "Atletibas memoráveis", chegamos ao ano de 1983, quando o Rubro-Negro conquistou o bicampeonato estadual após 53 anos. Uma conquista ainda mais especial, sobre os dois maiores rivais do clube: em 82 sobre o Colorado e em 83 em cima do Coritiba, em pleno Estádio Antonio Couto Pereira.

Considerado um dos melhores times da história do Clube Atlético Paranaense, o time campeão estadual de 1983, comandado por Lori Paulo Sandri e que tinha como seus fiéis escudeiros o goleiro Rafael Camarotta, o volante Jorge Luís, o meia Nivaldo Carneiro e o atacante Renato Sá teve um ano praticamente perfeito.

Depois de conquistar a terceira colocação no Brasileiro de 83 (naquela época, o campeonato nacional era disputado antes do estadual), o Atlético era apontado como favorito à conquista do Paranaense. Mas o time, que perdeu a dupla de atacantes Washington e Assis vendidos para o Fluminense, alternou momentos empolgantes e crises técnicas durante a competição. No total, foram 42 jogos, com 20 vitórias, 8 empates e 14 derrotas, num aproveitamento de 57,14%. O Furacão marcou 49 gols e levou 39. Joel foi o artilheiro, com 12 gols.

A fórmula da competição era bastante confusa, recheada por quadrangulares. Apesar de não ter vencido nenhum turno, no geral o Atlético foi a equipe que acumulou maior número de pontos. Após vários turnos e fases de classificação, a equipe conseguiu deslanchar no quadrangular final, terminando empatada em número de pontos com o Coritiba. Para se conhecer o campeão paranaense da temporada era necessária uma decisão extra, numa melhor de três pontos.

Primeiro jogo da decisão

No dia 15 de dezembro, o Couto Pereira recebeu grande público para a primeira partida da decisão. Quem vencesse, daria passo fundamental para a conquista da taça, pois poderia jogar pelo empate no domingo. Superior tecnicamente, o Atlético dominava a meia-cancha, com boas jogadas de Jorge Luis, Nivaldo e Renato Sá. Aos 20 minutos do primeiro tempo, o atacante Joel fez 1 a 0 para o rubro-negro. Na segunda etapa, o adversário bem que tentou o empate, esbarrando nas boas defesas do goleiro Rafael.

Empate na grande finalíssima e o bicampeonato

Cerca de quarenta mil pessoas compareceram ao Couto Pereira para a partida decisiva, com maioria atleticana. Como poderia se esperar, foi um jogo tenso, afinal era um Atletiba que valia título. No primeiro tempo, o Atlético se propôs a jogar com o regulamento, que lhe garantia o direito do empate. Apesar da postura defensiva do rubro-negro, o Coritiba pouco se arriscou ao ataque.

No segundo tempo, tudo mudou. Aos 18 minutos, o volante Jorge Luis recebeu a bola na ponta-esquerda e cruzou alto. O atacante Joel se antecipou ao zagueiro e cabeceou forte no canto direito do goleiro Jairo. 1 a 0 para o Atlético. O Couto Pereira ficou tingido de vermelho e preto. A comemoração foi momentaneamente interrompida aos 30 minutos, com o empate do Coxa, gol de Elísio, mas retomada logo depois e avançou por todo o estado.

Fontes: Hot site dos 80 anos (Furacao.com), Atlético: a paixão de um povo (Heriberto Ivan Machado e Valério Hoerner Júnior) e Futebol do Paraná (Heriberto Ivan Machado e Levi Mulford Chrestenzen)



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