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12 jul 2009 - 8h11

O Kajuru do Cajuru

Todo Estado (ente federativo) tem o seu Kajuru que merece. Mas o que vem a ser um Kajuru?

Kajuru é um sujeito baixinho, sem papas na língua, que aparece na mídia com seu característico discurso, através do qual pretende passar ao espectador a imagem de um bom entendedor de futebol. Para isto, ou seja, para tentar convencer o público desinformado, a sua platéia – carente de fontes fidedignas de informação – emprega o neanderthal artifício da polêmica.

Polêmica é tudo aquilo que provoque “discussão sobre questão que suscita muitas divergências, controvérsia” (Houaiss). Imaginemos que, sem ela, não haveria motivo algum para motivar leitura. Então este sujeito sustenta suas pautas jogando nos ventiladores que paulatinamente liga, mesmo em pleno inverno, o “material” que impreterivelmente se espalha pela comunidade, logicamente provocando reações, daqueles atingidos, ou respingados. Há quem goste, uns por diversão e galhardia, outros por ignorância e submissão. A maioria repele.

A partir daqui, é fundamental discernir os tipos de Kajurus existentes. Tal como se faz com os whiskys importados. Há o original, goiano (ou mineiro, sei lá), Jornalista (DIPLOMADO), enfático e corajoso apresentador, o qual mostra a cara para bater, prenome Jorge. Tem sua carreira profissional marcada pela luta contra vários establishments futebolísticos, pagando muito caro por isto em face dos processos que responde na justiça, inobstante tenha ou não razão diante de sua próprias explanações, ideologia.

E existem pelos rincões do Brasil afora outros tipos de Kajurus, os falsificados, imitações baratas, os carrinhos de plástico reciclado made in Korea (abraço aos coreanos das pastelarias do centro da cidade, todas as pastelarias, onde todos são coreanos). Orientais à parte, estes Cajurus são grosseiras cópias, as quais tentam burlar o genuíno adotando estilo semelhante, roupagem parecida, mas interior completamente distinto.

Nós paranaenses, temos em Curitiba o Kajuru do Cajuru. Atende por Augusto, manifesta-se quase diariamente num jornaleco de grande circulação no bairro Alto da Glória. Intitulado operador do Direito, formado pela UFPR (eu também, seu coisa feia). Veste uma surrada fantasia rubro-negra, cuja voz de dentro faz suspeitar sobre a identificação real com o Clube Atlético Paranaense. Tem o hábito (pois é mais do que um costume) de dirigir-se aos Torcedores do Atlético, qualificando-os, adjetivando-os, ora despontando o menosprezo ora culminando em xingamento.

Diferente daquele original, seu intuito não é o que parece, ou seja, apresentar-se como opinante crítico a defender soberanamente determinado ponto de vista: não, espalhando-se feito ácido muriático, quer o senil moço na verdade CHAMAR A ATENÇÃO, no sentido de que “falem mal, mas falem de mim”.

-“Ai, eu preciso! Não a-g-u-e-n-t-o ficar de fora dos malditos papos da Boca Maldita! Eles têm que falar alguma coisa de mim, seja o que for! Falei, ufa!”

Perturbado psicologicamente pela síndrome da onipresença coloquial, deseja a todo custo estar nos comentários do povo Atleticano, mesmo que contra este – muito agradando àquele povo colorido, daquele bairro ictiótico, perto daquela feira verde, dentro daquele monumental urinol.

Concebe-se este escrevente projeto de cidadão, nunca sem abrir mão da linguagem forense para dar o tom da erudição à sua verborragia, como “o mais atleticano de todos os atleticanos”. Marca registrada, sua tônica aduz superioridade tal que, dentro do microcosmo de seu galináceo pensamento cloacal, reduz-nos ao ínfimo, destituindo-nos de quaisquer sentimentos, opiniões, capacidades, e outras virtudes que o valham. Ele é o Must, the Best, Number One, O Cara. Nós? Para ele somos nós, pela ordem: “perturbadores de periferia – drogados – velhos marginais – usurpadores – pés de chinelo – não sérios – oportunistas – desonestos – frágeis – moribundos, caquéticos e terminais aguardando a morte que virá na próxima vitória (vide sua coluna de 11/07). A verdade do futebol está sob o SEU domínio, exclusivamente!

Assim se referiu mais uma vez este togado (será??) à parte da TORCIDA do Clube Atlético Paranaense. Já tornou-se prolixo. Não vou entrar supletivamente na defesa de ninguém, posto que não faço parte de movimento algum, mas por novamente evidenciar-se que Cajuru das Araucárias continua a desprezar ATLETICANOS DE VERDADE, deixo aqui meu repúdio contra esta falácia midiática travestida de “colunista”, sugerindo àqueles que fazem parte dos referidos Movimentos, que tomem as devidas providências legais naquilo tocante à honra, pois, do golpe de 64 até a saída de João Batista Figueiredo do poder, a este tipo de sujeito atribuía-se a alcunha de REACIONÁRIO = indivíduo que é contrário a mudanças sociais e políticas, conservador. O tempo é outro, sr.

Proponho que o dito cujo venha em praça pública (que tal a praça Portugal/Perpétuo Socorro, lá provavelmente sentir-se-á em casa) e dispa-se de sua corroída fantasia de Atleticano e mostre quem realmente é para quem ainda não sabe. Fotografem a verdadeira cor do seu peito de pombo e mandem as provas para o STF. Sim, o mesmo Egrégio que acaba de consagrar a vil prática tupiniquim que permite então oficialmente indeterminados caneteiros ocuparem posições altivas nos meios de comunicação, principalmente para destilar o veneno de sua vaidade pessoal, particular, egocêntrica. O coletivo, nós, a Torcida Atleticana, que se exploda.

Retrocesso institucional, distanciamento da realidade nacional, gestão de exceção, desprezo à opinião pública, desmerecimento profissional, achincalhe social, empobrecimento da grande mídia, enfim…magistrados atestaram a legalidade da permanência destes desqualificados (em detrimento de graduados responsáveis) que abusam do espaço público para outros fins, diametralmente opostos ao construtivismo da Instituição Clube Atlético Paranaense.

Não bastasse o decadente jornaleco em si, agora o colunático regularmente escancara a sua cara, verdadeira fácies miastênica*, típica dos Kajurus. ALERTA para os que ainda não formaram opinião sobre. Sobre a estorinha do Cajuru que pensava que era Kajuru, o cara que pensava que era mas sabia que era não.

-“Ah, Gilmar Mendes! Não me faz te pegar nojo…”

*[Fácies miastênica: ptose (queda das pálpebras) palpebral bilateral, com ENRUGAMENTO da testa; PARALISIA de certos músculos (DISTÚRBIO na transmissão neuromuscular)- FRAQUEZA muscular acometendo principalmente a musculatura OCULAR; esta fácies apresenta a particularidade de NÃO SER PERMANENTE, pois O DOENTE geralmente, pela manhã tem a face normal e no decorrer do dia, ela SE TRANSFORMA, aparecendo blefaroptose bilateral, mais acentuada de um lado; ptose: achado mais freqüente; os olhos são IMÓVEIS (olho SONOLENTO de Hutchinson) e O DOENTE, para enxergar, é obrigado a elevar a cabeça para trás; completa a fácies a DEBILIDADE dos músculos dos LÁBIOS e das BOCHECHAS; também pode ser reconhecida no acidente ofídico crotálico ou elapídico = ambas as SERPENTES veiculam AGENTES NEUROTÓXICOS através de sua PEÇONHA.]


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