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14 jul 2009 - 22h25

Pra não dizer que não falei das flores

Aqui vai uma coluninha simples, porque nem eu agüento mais aquelas minhas “viagens lisérgicas e alucinantes”. Óbvio que ninguém da cúpula do Trétis leu b**** nenhuma que escrevemos aqui nos últimos meses, eu e mais uns 500, mais o povo oficial da Furacao.com.

Mas nem por isto deixamos de sentir que nossos reclames enfim deram certo (por enquanto), sem necessidade de invocar falsa modéstia nem mensurar tamanho sobre tal “influência”. Digamos que criou-se por força da natureza uma corrente virtual, uma forma-pensamento que saiu daqui (do Fala) e dos círculos de bate-papo atleticanos, e feito energia lúdica derramou-se nos arredores do CT, leia-se na conscientização da Comissão Técnica e por que não do Departamento de Futebol.

Embora tenha demorado, Waldemar (já não posso mais chamá-lo de Waitomar) parece dar nuances de que aprendeu o que é preciso fazer (aleluia, Gretchen), apenas por ter concluído que precisamos jogar ofensivamente. Isto nós já sabíamos desde 2005. Então vejamos o que precisa ser louvado nesta última rodada e os cuidados a partir dela:

1º – O que ACONTECEU:

– O pedido mais repetido foi atendido: mudança no esquema de jogo para o 4-4-2.

– Afastamento pelo menos dos bonecos de posto Rafael Moura e Antônio Carlos, não interessando por qual motivo, o FATO é que o time é outro sem eles.

– Wesley solto tipo em despedida de solteiro: desvairado, achou até o que não precisava, em face da tal liberdade que lhe deram, convencendo até os incrédulos que o repudiavam (eu não).

– Meia cancha e ataque tocando a bola (mais posse de), por terem escalado mais jogadores que sabem fazer isto em campo: simples, não? Por que complicar, Waldemar?

– Alas cumprindo sua função de apoio ao ataque, pelas duas pontas.

– Marcinho jogando bola.

– Indícios de organização em campo, como resultado de treinamento adequado.

– Novas caras no banco, vindas dos juniores.

– Waldemar sorriu.

2º – o que PODE acontecer:

– Vinda de Alex Mineiro: nem devia ter saído mas foi, a mando de seus empresários – obrigado a ir para um Chiqueiro e depois para “Oz – A Vida é uma Prisão” (seriado gay) – os quais comeram e engordaram massivamente às custas dos gaúchos (da prisão, onde Tcheco é o protagonista) e do sacrifício do próprio Alex.

– Vinda de Claiton: arrumando uma “contusão” para nipônico ver, ficou livre e esperamos que venha pronto para ocupar o lugar do Chico, formando com Valencia a dupla de volantes. Tirar a função de capitão de Paulo Baier pode lhe deixar mais leve, mais livre para fazer o que bem sabe.

– Time com padrão de jogo, pronto para encarar a Sul-Americana, desta vez com chances reais de título.

– Conclusão do 1º anel da Itiberê (essa vai acontecer).

– Waldemar estar simpático novamente.

3º – o que FALTA acontecer:

– Venda de Galatto: já deu o que tinha que dar, é novo e que vá ganhar dinheiro lá fora, como muita gente faz, ainda mais quando perde a majestade.

– Venda de Rafael Moura: João-bobo, paneleiro, nos salvou ano passado do que ele mesmo ajudou a criar, esse merece ir para a Sibéria, pois é mais perto de Etérnia, onde o mundo é dos Nets.

– Venda de Rhodolfo: não tem gabarito para ser titular do CAP, que mude de ares para voltar a ser o que foi em alguns poucos momentos de 2008, quem sabe voltar a assombrar o trem de Ghost.

– Venda de Antônio Carlos: também sem gabarito, que siga o caminho de Durval e Igor para o nordeste, onde estão bem de vida, porque aqui não aproveitaram a chance, e quanta chance!

– Venda de Chico: novíssimo, desaprendeu pela posição que o obrigaram a atuar, está jogando amarrado e com muita insegurança, potencial travado, pode se soltar longe daqui e ser feliz.

– Empréstimo de Vinícius: poderia ir para o Dallas dos EUA tomar mais coragem, arrojo e segurança. Não precisa voltar (para o Atlético).

– Contratação de um goleiro de verdade: Bolicenho precisa mostrar a que veio, facilitando a negociação com o disponível e bom goleiro Marcos (ex-Paraná), ou tentando algum mais experiente, mas que não seja um Montoya da vida (49 anos; então me chamem, porque ainda tenho 45, mas garanto que não espalmo nos pés do adversário, não chuto no tornozelo deles e nem viro Dirceu Borboleta dentro da área).

– Subida de Santos ao profissional para ser o 1º reserva do gol.

– Dupla de zaga titular efetivada com Rafael Santos + Carlão ou Manoel.

– Contratação de mais um lateral direito, porque Zé Antônio não rende lá (e em lugar nenhum) e Alberto é sempre dúvida na condição física. Nei precisa de um fantasma do banco até Raul voltar.

– Waldemar vir a SER simpático.

4º – o que NÃO PODE acontecer:

– Volta ao esquema 3-5-2 ou 7-2-1;

– Volta de Rafael Moura;

– Volta de Antônio Carlos;

– Venda de Rafael Santos: senão repete-se o que aconteceu com Paulo Henrique, isto é, quando achamos um bom zagueiro, vendem;

– Venda de Wallyson: pelo amor das minhas filhinhas!

– Permanência de Rhodolfo;

– Permanência de Chico;

– Permanência de Vinícius;

– Permanência de Galatto;

– Não contratação de um goleiraço;

– Waldemar voltar a ser Waitomar.

Assim teríamos BANCO. Ótimo problema para um técnico resolver se põe Wesley ou Marcinho. Porque Wallyson, Alex Mineiro, Paulo Baier e Claiton são titulares absolutos. Quem tem BANCO vai e chega aonde desejar ir. Vejam que não faltam muitas coisas para acontecer.

Mas fundamental é ter ciência da melhoria em função das mudanças positivas, principalmente mantê-las. Usar isto como base para se fazer o resto mais tranquilamente. Os sinais apontam que tudo isto acontecerá. Mas depende do Waldemar, da Comissão, dos Departamentos e da Diretoria, QUE NÃO PODEM VOLTAR ATRÁS.

Simples, não? Tão simples quanto Geraldo Vandré, na música que deu o título a esta coluna, fazendo lembrar um divisor de águas, a guardar um passado obscuro, coisa que esperamos repetir agora: outro divisor de águas, os amores na frente a as flores também. Dois acordes: Am e G. O resto, a vida se encarrega.

Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção…

Vem, vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora não espera acontecer…(2x)

Pelos campos há fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão…

Há soldados armados amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição:
De morrer pela pátria e viver sem razão…

Os amores na mente as flores no chão
A certeza na frente a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição…



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