Rafael Moura, o autista
Há algumas semanas suspeitava de uma súbita conversão de Rafael Moura ao movimento EMO, mas não, os emos sofrem e expressam seus pseudo-males em músicas chatas e cabelos e maquilagens que lembram uma versão carnavalesca do The Cure.
Pensei mais um pouco e depois do ATLEtiba, eureca!!!
Diagnostiquei Rafael Moura!!!
Vejam o conceito de autismo: [i]Estado mental caracterizado pela tendência a alhear-se do mundo exterior e ensimesmar-se[i].
Definição perfeita para a conduta do nosso centro-avante, que só tem envergonhado a camisa 9, agora de Alex Mineiro.
Ele não corre, não tromba, não passa nem recebe a bola. Não reclama, não xinga, não elogia, não dá entrevistas. Parece jogar por obrigação, como o novilho que percorre a sombria mangueira antes do abate.
Um jogador que foi importantíssimo na fuga do rebaixamento em 2008 agora perambula como um zumbi ao redor da área adversária. Mata toda e qualquer tentativa de contra ataque.
Recebe a bola sabendo que ninguém vai encostar para fazer uma tabelinha. Apenas o zagueiro adversário que o conduz gentilmente à linha lateral. Toca a bola para trás sabendo que não irá recebê-la.
Falta-lhe o tesão do gol, o sangue nos olhos, o orgulho de ser um herói.
Antes aliados, He-Man e a caveira voltaram a ser inimigos.
Vá, Rafael Moura. Ao exterior ou ao banco de reservas. Vá se tratar, por a cabeça no lugar e lembrar que seu ofício exige mais do que dar uns toquinhos na bola e uma corridinha em campo.