Lopes, preste atenção no recado!
Aí moçada, é isso mesmo: vamos botar na cabeça que, de agora em diante, o Campeonato Brasileiro que estamos disputando é o da 15a. colocação; digo isso porque, caso não consigamos o título e fiquemos somente com o vice-campeonato (16a. colocação), ainda assim ficaremos livres do rebaixamento. Portanto, tudo o que for feito daqui para a frente tem que ser visando esse estupendo e maravilhoso objetivo – sermos, nesses exatos termos, campeões ou vice.
Não estou a brincar não; penso exatamente assim. Não mais interessa jogar bem, ganhar de goleada, subir na tabela, almejar Copa Sul-Americana ou coisas assemelhadas. Nossa meta é uma só: conseguir um espetacular 15o. ou 16o. lugar.
Vamos, pois, lutar para que isso aconteça, como alguém luta desesperadamente por um prato de comida, estando com fome já há semanas.
Vamos pensar que, conseguindo isso, teremos aberto definitivamente para nós a porta do céu; ganho onze medalhas de ouro nas Olimpíadas; cruzado a pé o deserto do Saara; tendo devolvida a nossa devolução do imposto de renda já no primeiro mês. Impossível? Não; basta condicionarmos a nossa mente para isso. Vamos fazê-lo.
Alô Diretoria, ofereça aos nossos atletas – mas registre o respectivo compromisso em cartório-, sapos, rãs, pererecas e outros bichos que não somente o tradicional ‘bicho por vitória’. Paguem no vestiário. Usem e abusem daquela conhecida estratégia de colocar nas paredes do vestiário – seja ele onde for -, antes de cada jogo, fotografias da família inteira dos jogadores, acompanhadas de dizeres do tipo ‘te amo, gatão’, ‘papai, faça dez gols para mim’ e coisas assim – com o Abel Braga isso funcionava. Façam até ‘lavagem cerebral na rapaziada’; a esta altura, vale tudo; só não vale cair de pau neles, pois, com olhos de ver, eles já estão dando tudo o que têm. O que eles não sabem, é que podem ainda dar bem mais. É isso. Vamos para a 16a. ou 15a. colocação nem que o Mundo acabe!
PS: ano passado (2008), escrevi a mesma coisa.