Não me contento com pouco
Não faço parte daqueles pessimistas (?) de plantão que lançam maus agouros a situação atual de nosso clube, tampouco dos ufanistas e visionários que apelam ao sobrenatural de Almeida para acreditar em futuro promissor.
Ontem foi de doer ! E não se diga que estávamos desarrumados, estado do gramado, afastamento da torcida, mais trabalho, e estas justificativas que costumeiramente somos obrigados a engolir. Foi de arrepiar o medonho futebol (?) da matinê domingueira.
Passei a culpar intimamente meu irmão mais velho que num atletiba de 1973 – que perdemos por sinal – me fez gostar das cores rubronegras e a partir daí mais sofrimento e decepção do que alegrias.
O Atlético de hoje nem a mística da tradição e outros qualitativos merece invocar. Do bando que jogou contra o Flu – em frangalhos – salvam-se apenas alguns. Sem qualquer predileção antecedente, dos que se embarraram ontem salvam-se apenas Galatto, Nei, Paulo Baier e Wallysson. O resto não está à altura da camisa que vestem.
Talvez Valência, mas escalado como zagueiro pela direita, ou com função tática definida de marcar o armador principal de algum time adversário, mas só.
Pouco.
E agora, com Antonio Lopes no comando técnico definitivamente consolidamos o calvário. Não bastam, a meu ver, autoridade, prestígio e passado no futebol para tirar nossa instituição do buraco onde a meteram.
Pouco.
O único consolo é estarem trazendo o bom Leandro Niehues para lhe fazer companhia. Este, se o deixarem trabalhar com calma, possui maiores condições de a médio ou longo prazo implementar seu estilo e capacitação para orquestrar as coisas dentro do Furacão.
Por ora, pouco, ainda muito pouco para me contentar.