Entendo o grito de ‘Volta, Petraglia’ como protesto ao atual desempenho do time.

Nosso Petraglia já foi motivo de vaias, sejam elas na Baixada lotada, nas ruas ou em todas as comunidades orkuteanas. Já foi o mote de campanhas da imprensa como revés aos privilégios quebrados e que, no entanto, hoje vem promovendo passivamente esse “grito de guerra”.

Hoje é a vez ‘do’ volta, mas usado como protesto o vemos como ilustração de um significado maior: o valor desse nosso atleticano e, ao pensar neste atleticano focamos em outros e mais outros.

Não vou relacionar nenhum feito que a ele possa ser creditado – tudo foi dito e tão recentemente – apenas repenso o ATLÉTICO que somos.

Neste Atlético que vejo cabem os históricos. Aqueles que hoje estão nas fotos em preto e branco e exalam contos bizarros envoltos de alegrias, vitórias e desprendimento. Neste meu Atlético existem os contemporâneos, aqueles que ainda enxergamos e já nos dirigiram, criaram nossa marca, fizeram os históricos resultados e ainda dão o brilho às nossas taças.

Mas o tempo é conjugado com prosseguir. Na continuidade dos tempos encontramos os atuais dirigentes, os jogadores e essa torcida guerreira que em bloco dão a escrita ao que somos. A história continua como sempre fora contada: bons e desastrosos resultados, pernetas que salvam um jogo e se perdem na seqüência do campeonato; novas revelações ou contratações acertadas e aquelas então, inexplicáveis! Situações que farão parte dos novos capítulos. Chegamos ao novo dia para novos fatos.

O tempo no entanto é este, a eterna busca do topo, o lugar que merecemos.

Lembrar Petraglia é gritar sim que temos valor. A manutenção de nossa história, cores e resultados nos farão gritar um dia, igualmente, o nome daqueles que hoje enfrentam esta fase: nossos atuais valores.

Esta molecada que agora protesta evidentemente também será história, dela partirão novos ídolos e dirigentes. Novos nomes que serão vaiados e lembrados. Eles serão sim o prosseguir desse meu Atlético.