16 ago 2009 - 22h15

Wesley pediu para cobrar pênalti, mas Baier não deixou

Quem não percebeu na hora do jogo pode rever o lance no vídeo abaixo (a partir do minuto 05:10). O meia Paulo Baier havia acabado de sofrer pênalti, cometido pelo goleiro Renê. Ele ainda estava caído no gramado quando Wesley se aproximou e apontou para si mesmo. Naquele momento, ele pediu ao capitão do time para cobrar o pênalti. O pedido era natural, afinal o polivalente jogador vinha fazendo uma boa atuação e foi o autor do passe que deixou Baier na cara do gol e em condições de sofrer o pênalti.

Paulo Baier não precisou nem se levantar. Ainda no solo da grande área, estendeu o braço e fez sinal de calma para o jovem companheiro. Olhou para o outro lado e apontou para Marcinho, avisando quem seria o encarregado da cobrança. O artilheiro do Atlético no Brasileiro bateu bem e converteu.

Ao final do jogo, Marcinho revelou que Paulo Baier nada mais fez do que cumprir as ordens do técnico Antonio Lopes. “Com o delegado é tudo certinho. Antes do jogo é definido. Eu sou o primeiro batedor, o Paulo Baier é o segundo e o Wesley é o terceiro. Melhor não contrariar. Tive a felicidade de acertar”, revelou o meia.

Curiosamente, no último jogo do Atlético ocorreu algo parecido, mas com o time adversário e com consequências negativas. Lúcio Flávio é o primeiro cobrador de pênaltis do Botafogo, mas André Lima tomou a bola para si no jogo contra o Furacão e bateu o pênalti na trave. O técnico Ney Franco ficou indignado com a conduta do jogador. O Atlético venceu o jogo por 1 a 0 e o treinador acabou perdendo seu emprego.

A cena deste domingo revela algumas coisas interessantes nos bastidores do time atleticano. Primeiro, a disciplina imposta pelo técnico Antonio Lopes. Segundo o meia Marcinho, o treinador não deixa escapar nenhum detalhe, com instruções detalhadas aos atletas sobre o que deve ocorrer durante o jogo.

Depois, a liderança exercida pelo meia Paulo Baier, algo até pouco tempo inexistente na equipe. Wesley poderia ter ido direto buscar a bola, mas sabia que precisava da autorização do capitão. Com a negativa, resignou-se e acatou a decisão. Na coletiva, Lopes confirmou a importância de Paulo Baier em campo: “O Paulo Baier é o capitão da minha equipe. Nos times que eu dirijo, coloco o capitão para orientar os outros jogadores sobre a parte tática dentro de campo. Ele é um jogador inteligente, que lê bem o jogo e tem autorização para cobrar os outros, assim como o Marcinho e o Nei, os experientes do grupo”.

Confira o vídeo dos melhores momentos do jogo e repare na cena:



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