Na Roma Antiga, um sábio imperador diante de graves problemas sociais decidiu criar a política do Pão e Circo, que consistia em fornecer ao povo algum entretenimento e alguns pães. Essa simples fórmula foi suficiente para garantir a paz no governo com uma boa aceitação dos Romanos. A nação rubro negra, também não precisa de nada mais que um time competitivo e que tal qual os gladiadores de Roma, demonstrem garra e força para atingir os seus objetivos. Essa simples exigência de seriedade nas ações da diretoria e comprometimento dos atletas são a demonstração de paixão da Fanática do Clube Atlético Paranaense.

O apoio incondicional da torcida atleticana demonstra claramente o sentimento mais puro possível depois daquele que uma mãe tem por um filho. Esse sentimento de identidade a determinado clube que pode ser chamado de paixão é o mesmo que faz com que bons amigos discutam ferrenhamente, muitas vezes acabando na porrada e muitas outras com uma boa cerveja gelada. Da mesma forma ela (a paixão) o faz manifestar sentimentos mais claramente que os direcionados ao seu próprio Pai. Essa paixão o faz tão importante quando o clube conquista um titulo ou ganha um clássico, e por outro lado, o faz sentir um amaldiçoado quando perde o titulo para o maior rival. Você vai até as 4 da manhã comemorando um titulo, regado a muita cerveja, e no dia seguinte (segunda-feira) chega às 10:25 da manhã, com o peito estufado, orgulhoso e certo do direito desse abuso que o seu time o concedeu.

São as coisas do futebol.

Domingo na Baixada, pude presenciar uma noite dessas, que nos faz sentir orgulho de torcer por um time muitas vezes tão menosprezado pela crítica nacional. Meu orgulho, misturado à paixão, proporcionou-me mais um momento de grande satisfação no nosso estádio. Aproveitando, só nosso. Agradeço imensamente ao Genial Petraglia, mas prefiro (e tenho certeza que da mesma forma pensam todos) permanecer chamando a Baixada somente de NOSSA e não nossa as quartas e deles aos domingos, ou vice-versa.

Voltando ao jogo…

O time buscou incessantemente aquele momento, onde voltariam a vencer na diante da sua torcida, e sabiam que a receita pra isso seria muita aplicação, garra, amor à camisa, e acima de tudo, profundo respeito ao torcedor. Torcedor esse que andava órfão do bom futebol, mas que apesar de muito cobrar, nunca deixou de apoiar o Clube manifestando em todos os momentos, incentivo e respeito às decisões da diretoria. A partir daí, estava tudo alinhado. O time jogando o fino da bola, os lideres atuando como tal em campo, o treinador agindo com maestria na lateral, direcionando cada passo do time, a bela noite de domingo e principalmente a fantástica torcida entusiasmada e crente na vitória, entoando belos cantos de incentivo e amor ao clube. Futebol eficiente e bem jogado, é o que guardarei na memória desse jogo de domingo. Como é de costume, vou esperar esse comportamento principalmente nos jogos em casa, seja quem for o adversário.

Que venham os grandes, e venham novamente com aquele velho respeito que no passado os ensinamos a sentir sempre que tinham que se deslocar à capital paranaense para enfrentar o Furacão da Baixada, pois garantindo os pontos em casa, e arrancando algumas vitórias fora, estaremos sem dúvida figurando entre os melhores rapidamente.