Quebraram a ampulheta
A ampulheta quebrou, não há mais tempo, não há mais luz, não há nada previsivel, não há mais regras, o que há é a emoção, a vontade, a força, o ardido na garganta, a raiva.
A raiva de voltar a ser jogador e dar um soco no ar, pensando ‘eu sabia que consegueria fechar com chave de ouro’.
O ardido na garganta de cantar como há muito não se via: ‘Da-lhe…’
A vontade de ganhar, mas sempre tomando o devido cuidado com a zaga, quando a bambizada colocava a ‘panela no fogão’, achando que no Caldeirão rola ‘banho-maria’.
A emoção de ver um jogo digno do Atletico, como poucas apresentações nos últimos 4 anos.
O fim da matemática, das regras, do previsivel, podemos sim fazer o inesperado acontecer, temos que enforcar os fracos, se igualar com o pelotão da frente e, no final, quem sabe, temos a tabela de baixo contra nós.
5 + 8
5 vitórias para começarmos a dar show.
8 vitórias dando show e faremos uma campanha inesperada.
O campeão não fará 65 pontos.
Podemos.
Temos raça.
Temos vontade.
A habilidade vem com a tranquilidade.
Tudo depende do mês de setembro.
Começando agora, no próximo jogo, este, no atual momento, valendo 6 pontos. Se vencermos, estamos creditados a bombardear o cambaleante Galo.
Sorte, o INESPERADO acontece aqui.
Vamos, porque a ampulheta quebrou.
Diretoria, não perca o vento.
Paulo Baier será um ótimo técnico, nos veremos.