Coordenadas: posição do Atlético na carta náutica do mar Brasileirão: longitude = 11 pontos da Libertadores; latitude = 4 pontos do rebaixamento. A história se repete pelo quarto ano consecutivo. É suplicar para não afundar. Nesse mar revolto, havemos de ter os pés no chão, o que não está sendo fácil. Menos mau se mantiver assim, o perigo é repetir 2008. Não reclamo de Lopes, Paulo Baier, fechamento do primeiro anel da Itiberê. Mas penso sobre outras coisas, não as obviamente boas.

E novamente estamos à mercê da arbitragem, que a partir de agora vai apelar escandalosamente em benefício da carioquice despencante, além de reforçar o favorecimento à dominante paulistênia soberba. Coisa de praxe. Costume que virou regra, fora dos manuais, bem dentro dos campos. Este modelo comportamental só é superado com bons times (tem gente que finge sabe disso), haja vista 2001 e 2004. Tão óbvio quanto a boa conduta de se ir à primeira instância com um ótimo Advogado. Difícil se chegar a bons times na base do IMPROVISO. E a representatividade perante a CBF, a quantas anda?

A ausência de negociação de jogadores antes do fim da janela lateral do quarto de dormir, mostrou mais uma vez, para acordar até o Beto Guedes, que ninguém se interessou, de tão fraca era a qualidade da oferta. E o pior não é isto, é que algumas pessoas fazem de alguns destes jogadores, ídolos. Tal a mulher do malandro que só pensa no “ruim com, pior sem” ele. Perdemos a mínima noção de referenciais (tanto que ainda ouvimos Transamérica, Globo, RPC, etc) em meio a tanta boleiragem sem padrão que aos olhos nos ofertaram. Dentre estes, sempre há os “menos piores”, então os inventados “ídolos”, mas por exceção e não por excelência. Em vez de apontar o craque, vamos eliminando os perebas, até que sobre alguém.

Galatto, Vinícius, Chico, Rhodolfo, Raul, Renan. Netinho, Rafael Moura. Mercadoria na vitrine e parte dela no estoque. Mas ninguém entrou na lojinha, mesmo sendo um shopping de descontos. Os que vazaram foi por mala direta. Penso se porventura tenham pedido muito alto, como fizeram com Danilo na época da Fiorentina. Se foi isto, estes mercadores estão muito aquém de serem os fenícios que se julgam, portanto é gente que não está na sua praia. Urge alocar gente capacitada para tal função, gente do ramo, não gente de IMPROVISO.

O técnico atual é bom. Recuperou parcialmente a equipe, sabe que precisa mais. Sabe dar as oportunidades a quem de direito. E sabe mais ainda quem não as aproveita. Agradeçam por Lopes. Melhor do que aquele cavalo ruminante com pré-nome de anão, que vem a público do alto de seus cascos cuspir na cara de todos, protegendo suas crias Robinho, André Santos e Elano, sem falar no espetaculoso e galvanesco Júlio Cezar, o mesmo que certa feita “deu” aquele presente pro Washington atirar no urubu: como é bom ser parente de Zagalo, a couraça emprestada é mais resistente que a do Bat-fino. Trazer um bom técnico na metade do campeonato, para substituir um péssimo treinador, também é outra forma de IMPROVISO, não do técnico, e sim em tapar os buracos do mau planejamento.

Se não foi ninguém, virá o correspondente: nada. Realmente Ricardinho não pode vir, pois é uma questão de nível. Quem ostenta a propriedade do primeiro camarote da Vila Miranda, iniciando a reforma do Sobradinho, não compactua materialmente com o CAP. Por isto o despreza, através do seu progenitor, alegando “fidelidade”…acredite quem puder que jogador de futebol hoje em dia “veste a camisa” ou torce por alguém. Vá pros coxas, pequeno Ricardo, pois lá os camarotes são mais parecidos, o odor é semelhante ao do rio que banha o Capanema: sentir-se-á em casa, gozando ares de latrina. Oferecessem o triplo, tudo isto seria superado, em nome do sentimento paranaense, da cidade de Curitiba, da grandeza do CAP, …ai-ai-ai-ui-ui.

E neste marasmo permanecemos, comandados pelo maior discípulo de Petman. O aprendiz de dirigente que majora pacotes fundamentando-se na individualidade dos irrisórios R$20,00. Ignorou os 40% de aumento. É a mesma coisa, mas vista pelo ângulo que melhor lhe convém. Imaginem se nossos salários subissem 40%. E como fica o pai que tem dois filhos? Como ficam as famílias que freqüentam a Arena? Ah, mas os menores e estudantes pagam metade. Some R$20 + R$10 + R$10, ou então R$20 +R$20 + 3 x R$10. Na visão que lhe convém, para estes dá apenas R$40,00 ou R$70,00 a mais por mês (sem contar o gasto extra), totalizando no ano (média 5 partidas ao mês) de R$480,00 ou R$840,00: no mínimo um natal diferenciado, não? Mesmo assim, “vintão não deixa ninguém mais pobre ou mais rico”, mas dá uma raiva do cão quando se olha para o desempenho do time em campo: aí está a incompatibilidade, pela qualidade do produto, diante de seu custo. País do imposto, a cultura de aumentar a “tributação” prova que é melhor ter-se R$400.000 a mais por mês, mas que venha do bolso do povão. Incapacidade de gerar receita, ‘dá-lhe dá-lhe ô’ aumento, isto é: IMPROVISO. Sessentão tava de bom tamanho. O sócio do Inter paga trintão.

Começaram a nos tratar como consumidores, explicitamente, há muito tempo atrás. E agora evitam nos considerar como tal, quando se pede por respostas. Inclusive, para se pedir respostas hoje em dia, dependerá da fonte perguntadora, pois quem merece satisfação, são apenas os conselheiros. O pessoal da “vitória” do ano passado. O resto, nada mais que resto.

Sugiro colocar o presidente para cantar nosso hino em público e ver no que dá. Tem horas que parece ele toar como Vanusa. Cala-se por respeito, mas por dentro dá pena do que sai pela boca afora. Se o seu mestre falava demais (tanto que enlouqueceu), este fala pouco, mas muita besteira. Isto se deve ao fato deles desconsiderarem o Torcedor Atleticano, reconhecendo apenas o contribuinte rubro-negro. Mesma doutrina, mesma prática: distanciamento da Torcida, polarização e elitização.

Estamos a 15 rodadas do final, com 45 pontos a serem disputados. Dos 69 pontos já pelejados até agora, ganhamos 28, ou seja, 40% deles. A continuar neste ritmo, alcançaremos mais 18 pontos, chegando a 46 pontos, o que não garante escapar da degola. Especulações numéricas contra o descenso: fruto de IMPROVISO gestor, reincidente não criminalizável. Não??

Enfim, caros contribuintes Atleticanos: é a 4ª vez seguida que a luta é para não cair, mais nada além disto. Ninguém mais duvida que vão arrumar pênaltis pro Botafogo no jogo da volta, e que vai ter expulsão nossa também. Que Lopes vai pegar um bom gancho pelo incidente de domingo. E que no final a Sulamericana será o consolo, na melhor das hipóteses do mais feliz dos otimistas, outro louco.

Digo isto pelo que vejo em campo, não por simples especulação estatística. É de estranhar comportamentos de Wesley e Wallyson. Marcinho já deveria ter pego banco há rodadas. E a capacidade de finalização de TODOS estes jogadores é algo assim transcendental. Márcio Azevedo não acerta um chute na direção do gol, Alex Mineiro parou no tempo, Wallyson murchou, Wesley é um Zinho jamaicano.

Penso quanto é o salário de Jádson. Ou de Fernandinho, Paulo André. Muito maior do que o de Marcinho será? Quanto ganha He-Man para ficar afastado tipo por vírus A? Por fim, qual o salário pago aos Psicólogos do Atlético? Por que razão destes profissionais não se obtém mais os resultados desejados? Quanto custa uma terapiazinha para Márcio Azevedo, Wallyson, Valencia, Galatto e Wesley? Será que não vale a pena investir pesado neste setor, que também trabalha com uma considerável parte do organismo humano? O cérebro! Sim, ele faz parte do corpo. Embora nos gramados às vezes pareça que não. Quem sabe levá-los para dar uma tranquila volta sob o sol do CT Maravilha, método maiêutico para que eles finalmente caiam na real.

Dos bastidores da gestão, esta prática nociva banha livremente o Clube até desaguar nas posições da escalação: o IMPROVISO. Conseqüência de ausência de projeto, vão remendando os furos do jeito que dá. Apelo aos ídolos, manutenção dos incapacitados, marketing ausente, administração amadora. Nada de novo, repito que é o 4º ano desse jeito.

Meu retardado otimismo faz imaginar que desta vez nos caberá de um 12º a um 15º lugar. Excelente para quem novamente se iludiu com o estadual, que acreditou no sucesso da boleirada do ano passado, que trouxe Waldemar pra “trabalhar”, que não contrata goleiros nem zagueiros de nível. Lopes arrumou, na base do que tem em mãos, parte da defesa e meio campo. Continuamos sem alas e sem atacantes eficientes. Lopes é um Delegado. Lopes não é legislador. Há quatro anos tem muita coisa a ser mudada no Atlético. Porque faz quatro anos que nada mudou no Atlético.

Esse tipo de Atlético aí, que vivenciamos desde 2005, a julgar pelo modus operandi dos comandantes, este sim é 4ever. Porque a tal “filosofia de vida” não muda, ante os ensinamentos da mesma escola, na qual Marcos se formou, a escola “Petraglística”.

Onde fica?

Onde fica? Fica lá na Terra do Improviso, no país do Discurso, na cidade de Semideus, no estado da Vergonha, no bairro da Ilusão, na rua do Nunca. Vestibular: inscrições abertas via internet no endereço eletrônico tipo Beatles. Provas SUBJETIVA (redação sobre texto demonstrando conhecimento e sua fé na Doutrina), OBJETIVA (questões múltipla-escolha, contendo duas alternativas mas apenas uma assertiva correta, cuja letra ‘b’ é sempre ‘Petraglia’) e PRÁTICA (dez chances para cada candidato, constando na tentativa de fazer um gol CONTRA tendo ao lado Danilo e Montoya).

Aos candidatos: vida longa…

Obs: dêem só uma olhada em algumas das vantagens dos sócios do Clube que tem cerca de 70.000 na sua retaguarda. Depois avisem a imaginação da situação. Para ver se alguém se mexe!

-“Ei, conselheiro: vai ser gauche na vida!”

-“Ah, mas eles pagam ingressos, nós não!”

-“É questão de sentar para conversar. Buscar algo melhor, dirimir problemas, através do debate. Debate com TODOS os torcedores, não apenas com a elite conservadora. Porque de pé, não se resolve nada. Nem dá pra assistir jogos direito. E esse troço de lugar marcado, meu amigo…é coisa de teatro. E a peça que vocês estão oferecendo há quatro anos, está longe, muito longe do maravilhoso espetáculo dos três tenores nas Termas de Caracala…” – falar nisso, alguém reparou no naipe dos entrevistadores da polêmica “Idéias” de jerico? Fábio Campana, Nêgo Pessoa… Denise Mello não conheço. Não conheço a Denise Mello. Nunca vi Denise Mello. Não, a Denise Mello eu não conheço. A Denise Mello, nunca vi. Não sei quem é Denise Mello….

Voltando ao sócio torcedor da pampa pobre, suas prerrogativas:

•Ganhar a camiseta do melhor jogador em campo do Inter eleito pelos internautas no site oficial do clube

•Aderir a um plano de saúde da Unimed com condições especiais

•Vantagens na matrícula nos cursos pré-vestibular, preparatórios para concursos e para o EJA / Escola de Jovens e Adultos – no Unificado

•Ganhar a bola do jogo

•Assistir ao jogo em um dos camarotes (quando disponível) do Estádio Beira-Rio

•Conhecer as dependências do clube e ter um encontro com o presidente na Visita Colorada

•Participar da ação ‘E aí, dirigente!?’: roteiro pelo clube e encontro com o vice-presidente de Futebol

•Viajar com a delegação colorada (sorteio na base de sócios regional) e vivenciar a rotina dos jogadores antes das partidas

•Ser premiado com uma partida do Inter via canal fechado (pay-per-view) da Net

•Participar da promoção ‘Gol Premiado das ‘Lojas Herval’ no intervalo dos jogos no Beira-Rio

•Visita ao vestiário profissional

•Entrar em campo com os jogadores do Inter

•Assistir à coletiva de imprensa ao final de cada jogo no Beira-Rio

•Ser beneficiado no ‘Dia da troca de camisetas’

•Outras ações que estão em desenvolvimento… – fonte: site oficial colorado (nada a ver com o Boca).

ps: essa torcida não é aquela que se “aconchega” no alambrado na hora do gol, mas é sim aquela que comemora pênaltis fora da área. “Barbaridade Tchê: pra mais de metro…”