Não sou o dono e nem o filho do dono
Nós, fiéis seguidores do Furacao.com (e agora mais fiéis ainda, diante da concorrência apresentada), fomos agraciados com texto da lavra do ilustre atleticano Mauro Holzmann que, por anos, dedicou-se brilhantemente à causa atleticana.
Porém, contudo, todavia e entretanto (adoro!), não há como concordar com a integralidade da mensagem enviada pelo nobre torcedor.
Disse o articulista que nosso Furacão padece de uma espécie de ‘excesso de cornetagem congênita’, que causaria uma influência direta na atuação de diversos jogadores que por aqui passaram.
Cita alguns, especificamente: Cristian, Jorge Henrique, Viáfara e Edno.
E o ponto nevrálgico de minha discordância quanto ao ponto de vista apresentado se situa, justamente, na pouca (ou nenhuma) influência, que nós, corneteiros convictos, possuímos na escalação do time. E isso desde sempre.
Evidente que, por mais fraco que sopre o vento, sempre forma uma marolinha. Só que, tal fenômeno jamais foi capaz de atingir a convicção dos enraízados treinadores que aqui já desempenharam suas atividades.
Ou seja, o que quero dizer é que se, por muitas vezes, houve má aproveitamento do material humano disponibilizado, foi por única e exclusiva incompetência daqueles que, à época, eram quem distribuíam as camisas no CAP.
Usemos o exemplo do Edno. Quem não se lembra de que era ele subutilizado, tal qual Wesley o é hoje, na lateral, ao invés da sua posição original, como meia-atacante.
O fato é que, sofremos muito em mãos inábeis.
Não quero, aqui, tecer crítica alguma quanto à escolha deste ou daquele treinador, sabedor que sou da dificuldade crescente em localizar boas e viáveis opções.
Só não posso deixar de me manifestar quanto ao equívoco cometido por um membro de tão alta estirpe, ‘data maxima venia’.
É duro, meu caro Mauro, ver nosso Furacão maltrado em mãos que, além de pouco competentes, às vezes se mostram mal-intencionadas.
É sofrido olhar para a atual escalação do Atlético e ver um Chico e um Rafael Miranda, além de um Alex Mineiro cansado de guerra.
É angustiante olhar para o banco e ver Raul, Wallyson, Fransérgio, Pimba e Patrick babando de vontade para ajudar.
É triste ver alguém dizer que a culpa disso é minha…