Volantes
Caríssimos atleticanos, ontem pude assistir uma entrevista com Muricy Ramalho e não pude deixar de concordar com uma categórica afirmação vinda de um treinador que é tri-campeão nacional.
Afirmou que, assim como na Europa, time que não tiver volantes que saibam jogar estará fadado ao insucesso.
Não adianta ter ‘quebrador de bola’ na cabeça de área. Na falta de jogadores com maior habilidade para armar o jogo, os volantes que jogam assumem uma posição extremamente importante, ou seja, eles é que farão o jogo fluir (desde que tenham um bom passe). Resumindo: é melhor improvisar um meia como volante do que manter simplesmente um ‘matador’ de jogadas.
Olhando para nosso time, a conclusão é facílima de se chegar: não temos ninguém com o mínimo de categoria possível para executar tal função!
A raça e a luta de Valencia desmancham-se na primeira tentativa de passe. Ele erra todos, sejam curtos ou longos, no chão ou pelo alto. O outro – R. Miranda – só sabe dar passes laterais. Muito pouco para as necessidades do futebol moderno.
Marcando nossos alas que são fracos – incluso Wesley, que ainda sim é nosso melhor jogador e joga ali de improviso -, nosso poder de fogo quase se apaga.
Não é a toa que nosso ataque não funciona. A bola chega mascada, torta ou pelo alto com chutões da defesa. Sem alguém que faça a intermediação entre defesa e ataque fica quase impossível fazer, por exemplo, Paulo Baier armar como deveria os lances para conclusão do centrovante ou de quem chegasse de trás em condições de concluir a gol.
Observem o número de passes errados do Atlético. É absurdo. Se a qualidade do passe melhorar, nosso desempenho também tenderá a uma melhora. É o básico.
Que tal treinar dia e noite este fundamento para melhorar nosso desempenho?
Com a palavra, o Delegado.