Pitaca e ponto
Vou dar minha pitaca (palpite, cornetada):
Quem sabe alguém que componha a comissão técnica tenha o arrojo necessário – culhão no mais popular – e promova uma mexida geral nisto que se tem denominado de time (ou equipe para alguns) ajustando-a conforme o material humano disponível.
Valencia e Rafael Miranda. O primeiro deve ser experimentado na zaga, pelo lado direito, na caça do atacante ou na sobra. O segundo esquenta banco pois de jogador bonzinho que somente lateraliza o jogo não precisamos. Aliás, o Jairo (hoje no São Caetano) jogava menos pior.
Quanto ao Raul, tirem a máscara deste menino urgente e o ponham como reserva do Nei. E ponto.
Fransérgio, Carlão, Bruno Costa, Jonatan, que pipocaram tremendamente desperdiçando as oportunidades recebidas, um empréstimo providencial ou uma troca nos faria muito bem. Ainda dá tempo. Mas que venha alguém afiado, com personalidade pra ser titular.
Mas não esta experiência amalucada de seis por meia dúzia recente (Zulu por Brasão – e pensei que era com F, mas é com B mesmo, um ilustre desconhecido, porque o com F joga, este… um completo desconhecido).
E que seja repatriado o Alberto. Mas não para ser escalado pela ala ou lateral. Ele deve jogar ali na meia, como armador, ligando defesa ao ataque. E ponto.
Prestigiem este Welington. Entreguem a camisa e dêem moral pro cara. Titular e pronto, sem delongas ou suspeitas. Vai fazer a proteção e armação ali pelo lado esquerdo. Chico no banco. Reserva natural.
Na zaga faz falta o Rafael Santos. Como este já se foi, vejamos o que o tal de Ewerton pode fazer. De qualquer modo, pouquíssimas opções. Nos restaria o Manoel e o Rhodolfo se recuperar.
Aqui a troca dos quatro lá de cima (Fransérgio, Carlão, Bruno Costa e Jonatan) por dois zagueiros quem sabe seria interessante.
Na armação e apoio ao ataque teríamos o Wesley, o Marcinho, o Pimba e o resgatado Netinho. Pouco acho, mas é o disponível.
E com o Baier soberano, comandando tudo ali no meio dos dois apoiadores escalados entre os nomes dos citados no parágrafo anterior.
Na frente Alex, mas recuperado fisicamente. Wallyson, Tiuí e Patrick como opção.
Ficaria algo mais ou menos assim: goleiro (os três do mesmo nível, Galatto, Vinícius e Neto); Valencia, Manoel, Rhodolfo (ou Ewerton, ou outro que vista esta camisa com decência); Nei, Alberto, Welington, Wesley, Paulo Baier, Marcinho e Márcio Azevedo; Marcinho (ou Alex, Wallyson ou Patrick).
Para quem gosta de números, olhando defensivamente, algo como um 3.6.1.
Visualizando ofensivamente o esboço com as peças alinhadas, seria algo como um 3.4.3.
E como disposição tática, a filosofia adiante:
Movimentação constante no posicionamento dos armadores, meias e alas pra confundir a marcação adversária. Sempre três ou quatro nos setores próximos da bola.
Chutar a gol (já que estamos paupérrimos neste quesito), jogadas ensaiadas em bolas paradas e muita disposição física na marcação. Com especial atenção na anulação das peças chaves das outras equipes.
E humildade, entrega, abnegação, valorização da posse de bola e sentido coletivo.
Estas, penso, as receitas para o nosso Atlético do atual momento.
É a minha pitaca. E ponto.