César Alves

Após a reintegração do meia Netinho e do atacante Geílson ao grupo principal do Atlético, alguns setores da imprensa e da torcida passaram a especular sobre um possível retorno do atacante Rafael Moura, que mesmo afastado há dois meses do elenco, continua sendo o artilheiro do time nesta temporada, com 19 gols.

O jogador, que foi peça fundamental na fuga contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro do ano passado e foi eleito o craque do Campeonato Paranaense deste ano, foi afastado junto com outros quatro jogadores (Alberto, Zé Antônio, Netinho e Antônio Carlos) no final de julho, após a derrota por 3 a 0 diante do Goiás, na 15ª rodada. A justificativa inicial da direção atleticana foi de que os afastados precisavam aprimorar a parte física, porém dias depois do ocorrido, soube-se que o real motivo eram problemas de comportamento. Naquele momento da competição, o Rubro-Negro ocupava a 18ª colocação da competição, com apenas 12 pontos e acumulava uma sequência de cincos jogos sem vitória.

Questionado pelo jornal Gazeta do Povo se a falta de gols do time e os retornos de Netinho e Geílson poderiam sinalizar uma possível reintegração de Rafael Moura ao grupo principal, o diretor de futebol do Atlético, Ocimar Bolicenho, foi taxativo: “todas as conversas sobre isso vêm de fora. Esse assunto aqui é morto, absolutamente morto”, afirmou. O dirigente atleticano ainda complementou afirmando que o desempenho ofensivo do Furacão é uma preocupação da diretoria, que foi a busca de reforços para solucionar o problema. “Claro que estamos preocupados com esse índice. Estamos agora com o pior ataque. Por isso trouxemos reforços (Rodrigo Tiuí e Brasão) para melhorar a performance. A parte técnica dele (Rafael Moura) não se discute, mas foram pesados todos os pontos. Com ele, o time estava na lanterna, hoje não está mais. Não podemos ter uma memória tão curta”.

O presidente Marcos Malucelli reforçou o discurso de Bolicenho, porém sem tanta ênfase. “Se a comissão técnica pedisse, analisaríamos o caso. Mas para nós essa situação está resolvida desde o dia 29 de julho”, disse. Já o jogador prefere não comentar sobre o assunto e o seu procurador, Carlinhos Sabiá, disparou contra o clube, dizendo que o jogador não recebeu o reconhecimento devido. “Ele não quer falar nada. Claro que fica chateado. Na minha opinião, ele não foi valorizado como deveria por tudo que fez no Atlético. Enquanto estava marcando gols, tudo bem. Mas quando caiu de produção junto com todo o time, virou um problema”, desabafou o procurador.

Fonte: Jornal Gazeta do Povo