Prefiro o brilho em campo
Confesso, fazia muito tempo que não comparecia fisicamente ao Joaquim Américo e, respeitando opiniões contrárias, aqueles sinalizadores fizeram uma fumaceira dos diabos!
Duro foi sair correndo para os corredores da Arena buscar um pouco de ar e um líquido para beber com a fumaça que impregnou tudo.
Coisa de louco aqueles adereços de pólvora que deixaram os chamuscados de lembrança – que não saem – de minha jaqueta de náilon (sou avesso ao vernáculo yankee).
Assistir a peleja ali no setor da Brasílio Itiberê tem um quê da velha Baixada (onde gloriosamente assisti, menino, Ziquita barbarizar nos quatro gols contra o finado Colorado), faltando apenas o alambrado.
O jogo contra os gaúchos me deixou algumas impressões: garra e luta em campo não nos faltaram, mas tecnicamente e na força – devo reconhecer – o Grêmio foi melhor.
Tivéssemos um pouco mais de qualidade na saída de bola e dominássemos o meio campo – talvez o esquema com apenas dois zagueiros devesse ter sido implantado neste jogo – com o Alex desde o começo, a história teria sido outra, não passaríamos tanto aperto.
Mas foi valente a equipe, mostrou que tem pegada e que alguns detalhes na organização tática nesta reta de chegada podem fazer a diferença.
O brilho, as luzes, fumaceira e toda a vibração que nos sobraram na arquibancada faltaram-nos dentro de campo onde, efetivamente, deve acontecer.