Quando Antonio Lopes foi anunciado como o técnico que substituiria o ‘pacato’ Waldemar Lemos, ‘joguei a toalha’ nesta coluna, literalmente. Contudo, estou voltando a público para reconhecer o trabalho do ‘Professor’ Lopes. Aliás, como pesquisador, indo a fundo no perfil dos jogadores de futebol, fica muito evidente que o que eles precisam de fato é de um ‘Professor’, e com letra maiúscula, que é exatamente o que o ‘Professor’ Lopes tem se mostrado. Como ‘Professor’ estou muito orgulhoso de Antonio Lopes. Certamente os ‘Professores’ José Henrique de Faria, João José Wierbitzki (atleticanos que admiro muito) concordam comigo, assumir uma turma de 25 alunos cuja idade varia de 18 a 35 anos não é mole. Vem à tona a história de vida, as oportunidades, angústias, sonhos, momento atual e por aí vai… Reuni-los, acalmá-los, fazê-los produzir, dar o melhor de si, não é mole não… Sempre reconhecendo que o ‘Professor’ não está lá para transferir o conhecimento, mas para provocar os alunos a darem o melhor de si mesmos. Afinal eles já aprenderam os fundamentos, precisam agora deixar aflorar o que eles aprenderam de melhor.

Lembro-me da primeira partida do Manoel, misericórdia… fiquei desesperado, só me fixei no tamanho do garoto. O ‘Professor’ chegou e deu a ele a segurança necessária em campo para que ele chegasse no ponto que chegou. Agora estamos correndo o risco de perdê-lo para o São Paulo, misericórdia de novo, não podemos perdê-lo…]

Isto é ser ‘Professor’. Unanimidade nacional, primeiro colocado no prêmio Armando Nogueira como o destaque entre os técnicos do Brasileirão 2009. Que pena que não podemos mantê-lo com um projeto para 2010. Meus sinceros respeitos ‘Professor’ Antonio Lopes!