Tenho lido várias críticas ao presidente Marcos Malucelli com relação à homenagem ao centenário (em branco) de nosso rival e não concordo.

Protestos e mais protestos de torcedores que dizem que não se deve homenagear nosso ‘co-irmão’, pois eles não liberaram o ‘Pinga-Mijo’ para a final da Libertadores.

Vamos por partes.

Primeiro, as diretorias, tanto do CAP quanto do CFC, em 2005, eram outras. O presidente deles, por sinal, só utilizou do cargo para alavancar sua carreira política, sem sucesso (e espero que nunca o obtenha).

Segundo, negar um mínimo de respeito ao nosso rival local por absurdos cometidos por eles, no passado, apenas nos rebaixaria ao nível de seus antigos dirigentes.

E por fim, esse sentimento pequeno, de vingança barata, de rivalidade destrutiva, era exatamente o problema das antigas diretorias de ambos os clubes.

E foram justamente esses pensamentos estúpidos que tiraram a final da Libertadores de Curitiba. E são os mesmos pensamentos que mantêm nossa representatividade minúscula no âmbito nacional, sendo que nem em nosso próprio estado temos maioria de torcedores.

A diretoria atual e Marcos Malucelli, como figura principal, tem muitos defeitos, mas esse bom relacionamento com os ‘ervilhas’ é uma de suas principais qualidades.

É perfeitamente possível e saudável manter a rivalidade junto com a ‘parceria’. Como também é possível e extremamente saudável tirar sarro e cutucá-los, sem perder o respeito pelo clube rival.

Então, parabéns aos ‘ervilhas’!

PS.: Um exemplo de como essa parceria pode ser benéfica é a ideia de promover um Atletiba no interior no início de cada ano. Se bem elaborada, pode virar até tradição.