A ‘mania de perseguição’
Escrevo estas ‘mal-digitadas’ linhas ‘provocado’ pelo artigo do Silvio Toaldo Júnior.
Caro Silvio, existem, ao longo da história da humanidade, várias expressões marcantes da ‘raça’. A dificuldade em se lidar com o ‘novo’ e a inveja são duas das muitas que nos patenteam. A todos.
No caso do Furacão, a expressibilidade conquistada nos últimos 14 anos, deixou entre todos nós paranaenses essas duas características bem afloradas. Além disso, houve alguns fatores que as acirraram.
Invoco aqui o dramaturgo Nelson Rodrigues para iniciar o meu viés da coisa, quando o mesmo cunhou a expressão ‘Síndrome de Vira-Lata’, para expressar a dificuldade que o brasileiro, de um modo geral, tinha e parece ainda ter, de sentir-se ‘o melhor’, em qualquer atividade sistemica. Tudo que é feito fora, nesta ‘síndrome’, seria melhor.
Pois bem. Dentro desta, o curitibano, por ‘n’ peculiaridades, talvez seja o único habitante de capital brasileira, com a ‘síndrome’ dentro da ‘síndrome’, ou seja, tudo que é feito fora de Curitiba, dentro do Brasil, é melhor, por mais que isso não seja verdade. Nosso velho e famoso ‘auto-fagismo’.
Natural que o Furacão, dentro do contexto acima exposto, cause desconfiança quanto a ser ‘isso tudo’, estruturalmente falando, já que o futebol não vem acompanhando a excelência administrativa geral e, daí, para a inveja de quem não seja atleticano, ficar óbvia, seja ou não da imprensa, é um ‘pulo’.
A proibição, até dia desse, da imprensa entrar nas dependências do CAP para cobrir o Clube na hora que bem entendesse, só dois jogadores darem coletivas em dias estipulados etc., causou um imenso mal-estar na crônica esportiva local, que mesmo já passada essa fase, deixou suas marcas.
Falando ainda da crônica, temos quem de atleticanos? Carneiro Neto, Sicupira, Augusto Mafuz. O ‘resto’ não sei para quem torce, mas o citado Gil Rocha, se não me engano, é torcedor do cfc.
Boa parte do pessoal que atua na mídia esportiva local, me parece, veio no Norte do Paraná, que como sabemos, não tem apego nenhum aos times locais e muitos chegaram à época que o maior rival ganhava tudo, independente da lisura disso, é claro.
Logo, temos uma equação relativamente simples.
Junte todos esses dados comentados aí para trás, sem nenhuma pretensão acadêmica, é bom que se diga, e teremos a inveja, o espírito de ‘vingança’, patente nas coberturas do Clube, feitas com má vontade explícita, é só assistir às transmissões do PFC da NET, por exemplo, aliadas à dificuldade de se lidar com o novo, presente até na própria torcida rubro-negra, que tornou-se extremamente exigente em relação aos resultados, e vamos ter, sim, uma perseguição notória.
O bom, caro Silvio, é inimigo do melhor e isso é bíblico.
O pior que, no caso, o bom nem é tão bom assim e o melhor precisa aproveitar com mais qualidade de gestão e profissionalismo o presente que tem nas mãos para que não voltemos a ser os ‘Vira-Latas’ de novo…