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19 out 2009 - 16h00

Ao centenário deles: ou de como virei um malaco!

Em minha infância, quando acompanhava um tio meu ao Belfort Duarte, tínhamos um ritual de família.

Os meus ascendentes eram coxas, incluindo meu pai, que, por uma coincidência, era uma pessoa aberta, complascente e normal em todos aspectos, e também não ia aos estádios, dizendo, inclusive: “Meu filho, não se ligue muito no futebol que existe muita coisa errada!”. Mas eu, né…

Enfim, eu ia ao estádio Belfort Duarte com um tio meu que a gente chamava de Tio Nazi.

Na churrascaria Cruzeiro, lá embaixo daquelas árvores maravilhosas, comíamos o filezão e depois eu acompanhava o Tio Nazi e mais uns amigos dele.

Escutava, entre risos e gargalhadas, “Olhe, o fulano disse que já compramos o neguinho’ lá no vestiário mesmo! (depois vim saber que era o juiz!)”.

No estádio, às vezes eu arriscava uma perguntinha: tio, por que o lance igual era apitado contra o Atletico e não contra o Coritiba? Nossa! As respostas eram evasivas e com muitas risadas.

Ao meu Tio Nazi, não sei onde você está agora por ocasião do centenário do seu clube que tantas vezes adulterou resultados, corrompeu juízes e muitas artimanhas dentro e fora campo. Espero que esteja bem.

Tio, você já foi embora há tempos! Não acho que estejas lá em cima não! Mas isto não importa! Quero lhe dizer que até vejo que algumas vezes seu time, o Coritiba, ganhou algum jogo na bola e algumas vezes na camisa, sim… acredito! Entenda, desejo-lhe paz!

Mas voltamos ao centenário.

Os jogos se repetiam, eu não entendia de futebol, mas entendia que os mesmos lances para diferentes times tinham valores diferentes.

As risadas, as gozações, as gargalhadas e as humilhações, principalmente contra os malacos que jogavam do outro lado. E, principalmente, a maneira ilícita de ganhar jogos e campeonatos. Operário de Ponta Grossa, uau, coitado, foram operados a céu aberto e mais outras…

Enfim, todos estes anos vendo aqueles tanques que jogavam na defesa deles baterem, baterem e nada acontecer. Uau!

E agressividade e o ódio contra os MALACOS foram me mostrando o caminho.
E mesmo os MALACOS, quando entravam em campo, tinham uma recepção de segunda guerra mundial, sim, vim entender depois de anos… ufa! Me salvei!

O meu batismo, sim, o dia que percebi que eu era um Malaco, foi quando eu, na torcida do coxas, dei uma salto e gritei quando saiu um gol do Atlético, ali no meio da torcida deles.

Uau! Mesmo criança, vi aqueles sujeitos enormes, não menos grossos do que o béque que jogava no time deles – um tal de Nilo – com seus olhos arregalados, suas caras enormes e aqueles cabelos-escovinha virem querer me jogar lá de cima. Mas, como em toda torcida, existe gente de bem, gente normal, sim, alguém me salvou… rs.

Só um detalhe: hoje não existem mais aqueles caras enormes com caras grandes e cabelos-escovinha, existem, sim, jovens normais que, juntos a seus filhos de colo, choram copiosamente em frente às cameras de TV quando seu time cai pra segunda divisão – e jovens bem de vida, que choram mordendo a fronha como se cair pra segunda divisão fosse a morte…

Bem, segue o baile…

Meus ascendentes, quase todos já foram embora, eram coxas, mas meus descententes todos – eu não fiz esforço algum pra convencê-los – foram ao natural. Sim, desde meu irmão, minhas filhas, sobrinhos e por aí a fora, TODOS RUBRO-NEGROS.

Mas ainda me chama a atenção que algumas famílias que conheço e admiro, sim, algumas famílias de bem, com amigos do peito coxas, têm o hábito da conversão de seu filho de uma maneria que até me lembra o passado, para que os mesmos assim venham a torcer pelo clube deles.

Talvez eu exagere um pouco, pois isto existe em qualquer clube.

Ah, queria citar aqui o Ferroviário – Colorado – Paraná, que tem (3) torcedores que conheço: a família do SICUPA, a qual eu tiro o chapeu, o GIBA, nosso campeão de vôlei e um radialista de mal com a vida – que vive destilando seu veneno – que exala fluoxetina, anti-depressivo.

Agora, o assunto importante: o nosso presidente MM, COXA, deve negociar a próxima partida para os outros MMM mais coxas do que ele.

Mesmo não acreditando, pois nossos jogadores têm brio, mas temos que levantar o passado e domingo eles não terão HEBER ROBERTO LOPES (o juiz amigão do Armando Marques), mas que aqui não importa, o juiz que decide os atletibas, a favor deles sempre!

Mas a história parece se repetir: em 1995, tivemos que perder pra eles subirem à primeira divisão – aquele ano que fomos campeões. Enfim, quando o nosso time está AZEITADO – alguma coisa ‘ SOBRENATURAL ‘ faz com que não lhes demos uma boa SURRA!

Bem, pessoal, chega! Vamos ver o que acontece. Falar nisso: existe ainda a Churrascaria Cuzeiro?



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