Que bonito é…
Como o saudoso poeta pernambucano Luís Bandeira, que em um dia de grande inspiração declarou os primeiros versos de Na Cadência do Samba e ganhou quase que instantaneamente o reconhecimento de todos, o nosso Furacão delicia-se de um momento de tranquilidade e boas energias. Claro que toda essa estabilidade foi conquistada com muito trabalho, até que nosso treinador tivesse o time na mão, a zaga se tornasse segura, o meio pudesse criar e o ataque com muita vontade até fazer gols. Essa paz deve ser enaltecida, pelo menos pela nossa torcida, já que a mídia paranaense abraçou de vez o outro time.
Contudo, no próximo domingo pegamos pela frente o nosso maior rival, Coxa. Inclusive o Sr Coxa, graças ao nosso Furacão, alcançou o merecido centenário – sim, graças ao Atlético o Coxa é o que é e certamente devemos a eles por chegar onde chegamos. Jamais devemos deixar de agradecer por termos tanta vontade de vencê-los e a mesma proporção de raiva em sermos derrotados por eles, pois nesses momentos a identidade do torcedor aumenta, e junto a isso o seu amor pelo Clube. Voltando ao jogo de domingo, teremos um jogo duro pela frente, isso é fato. O centenário deles já está manchado pela perda do Campeonato Paranaense e farão de tudo para derrotar-nos em sua casa, porém, a recíproca é verdadeira, e tanto quanto eles também temos a vontade de mais uma vez carimbá-los nesse ano tão especial, para que fique na história que, no centenário coxa, andaram sempre atrás do seu maior inimigo, o Clube Atlético Paranaense.
Além do mais, embora não seja garantia de nada, nosso momento é melhor, nossa torcida está confiante, nossa zaga impõe respeito e a responsabilidade é deles, portanto, como no momento de inspiração em que o mestre Luís Bandeira recitou: Que bonito é ver um samba no terreiro, assistir um batuqueiro, numa roda improvisar, expressando como poucos o desenrolar de uma roda de samba, apreciarei com cuidado e respeito esse memorável clássico do encerramento do centenário deles.