O tempo passa…
Estava aqui chateado com meus botões, lendo os comentários dos concidadãos rubro-negros, vendo todo tipo de reação possível, dentro daquela passionalidade toda, tão comum à todas as torcidas, especialmente após uma derrota contra o maior rival…
Lembrei também do que venho lendo em outros sites do clube.
Pensei como temos vivido, ultimamente, ainda mesmo sobre o ‘Eterno’ Petragia, gostem ou não gostem, já que os fatos estão aí, da euforia à depressão.
Como torcedor do Furacão e tentando fazer uma análise mais fria, mais imparcial, menos apaixonada, e como isso é difícil e mais abrangente da situação, pensei em algumas coisas que são fato, por mais que no calor dos acontecimentos, na maioria das vezes, a gente não consiga raciocinar dessa maneira.
O Atlético, de 16 de abril de 1995, onde tivemos, aí sim, uma derrota acachapante lá no cabo couto, até 2005, teve uma arrancada rumo a um futuro brilhante, como poucos na história do futebol, quiçá mundial. Sem nenhum exagero.
2005, na verdade me pareceu, com a disputa da final da Libertadores, independente de tudo que foi envolvido para que não chegassemos ao título, uma espécie de inércia do sucesso que vínhamos alcançando até então. Havíamos imposto um respeito no Brasil por tudo que foi construído e conquistado elementarmente por Petraglia, que nos deu gás, para que com um time mediano e por uma improvável vitória do Libertad contra o América, em Cali; conseguíssemos ganhar uma espécie de doping moral, para que fizéssemos uma belíssima campanha, então, é verdade, na continuidade da competição, é só relembrar os resultados. De ‘prêmio’ ainda, naquele ano, saímos da ZR já nem lembro em que rodada e fomos ganhar a primeira partida na competição, jogando com time reserva, no Atletiba da 10ª rodada, com gol de Evandro.
Acabamos chegando em 6º lugar.
De lá prá cá, apenas o pífio Paranaense 2009. E pífio, não pela campanha. Fomos os melhores em tudo, sempre. Ganhamos com merecimento, apesar da fixação da imprensa esportiva medíocre de que dispomos, da qual a palavra mais ouvida era o bendito regulamento aceito por todos no arbitral, menos pelo Atlético, diga-se, que por má formulação, o regulamento, deixou brechas para versões outras, da parte de quem não sabe interpretar texto. O texto era mal detalhado, mas era aquilo ali, oras.
Ia esquecendo da empolgante participação na ‘Sula’ de 2006 e isso vem sendo uma marca do Atlético, aliás, entrem ou saiam jogadores. Um mesmo plantel, um mesmo time titular, muitas vezes e apresentações completamente díspares, que por muitas vezes, não fosse a camisa, teríamos certeza de tratar-se de outro time e isso, independente de técnico, também. E nem estou falando do jogo de ontem, onde os erros, já na escalação, foram amplamente comentados nesta seção, bem como a arbitragem tendenciosa do árbitro PCO. Ele deve ter deixado de anotar a caneta voadora na súmula na pressa de buscar o chequinho, no bicho molhado ou na CBF, que, afinal, fica chato cair no ano do centenário, né não?
Voltando ao Furacão, ouvi dizer que Ronaldo não teria jogado pois já negociando renovação de contrato, teria pedido o que muita gente grande, ou quase, no Clube ganha! Não sei qual o motivo pra não ter ficado nem no banco, mas parece que rolou um papo de contusão, que ouvi não ser a verdade.
Para as pessoas que reclamam de contratações, de como times do eixo conseguem contratar pesos pesados e nós não, sugiro a leitura, no cap4ever, da coluna do Mauro Holzmann, fora o que Petraglia já encheu de esmiuçar pra gente. Está tudo explicado. Não podemos deixar de lembrar que, em 2001, não tinha nenhum medalhão no time. Podem falar de Nem e Souza, mas aí já eram caras rodados, que caíram muito bem no meio da gurizada, forjada na parceria (cadê a parceria?), e dali que alguns se revelaram para o mundo, ou seja, o investimento não foi tão alto. O trabalho com capricho, com gente do traçado, nos deu aquela condição inesquecível.
Parece, então, que foi no transcorrer desses 10 anos, 1995-2005, que a coisa foi desandando, muito pelo desmonte daquela turma maravilhosa e competentíssima que dirigia o nosso muito amado Furacão.
Agora… Agora, é cruzar os dedos e torcer pra que, de alguma maneira, os desafetos que se criaram ao longo daqueles 10 anos se defaçam, que se esqueça de tudo que foi trocado de farpas e escaramuças, de lado a lado, porque estamos em guerra.
Estamos em guerra, desde sempre, com a imprensa local e nacional, estamos a pouco mais de 4 anos da Copa do Mundo em casa, estamos a 15 anos do nosso Centenário, estamos há algum tempo tentando nos firmar entre os grandes Clubes do Brasil e, como diria Faustão, mais do que nunca, a hora é essa!
Agora, todos nós atleticanos temos que escolher, escolher sim, o que queremos para o nosso futuro, porque a descendente esta óbvia.
4, 10, 15, 20 anos, passam assim…
P.S: Meus pêsames à família do garoto falecido em atropelamento.
Obrigado pelo texto, Serginho! Onde nós chegamos?