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26 out 2009 - 13h47

Pensei que estaria pior hoje…

Passado o clássico, não restam juntar os cacos, pois não há vidros quebrados, nem o mundo acabou.

O jogo em si foi bom, lembrou os velhos embates da dupla, e como não poderia deixar de ser, foi decidido no final, como aquele gol do Oséas aos 48 do segundo tempo, quando a torcida adversária gritava seu nome.

Concordo que a escalação do Rhodolfo, vindo de contusão, talvez não tenha sido a melhor alternativa, ainda se considerarmos que o excelente Ronaldo nem no banco ficou! A expulsão, todavia, é que acabou sendo mais decisiva para o resultado, muito embora o árbitro tenha sido extremamente caseiro e não tenha aplicado os mesmos critérios para o outro lado.

É claro que a forma como perdemos o jogo foi uma ducha de água gelada, mas paremos para pensar: estávamos somando um ponto – o que naquelas circunstâncias já era uma vitória – e deixamos de ganhá-lo. Seguramos até onde foi possível.

Estava na cara que o adversário viria com tudo para cima, igualmente em razão das circunstâncias da partida, mas nem só em razão da partida em si, pois este era o jogo da vida deles, o “título” simbólico no apagado ano do centenário acabou sendo a vitória em dois clássicos, e comemorar o fato de não ter perdido nenhum, pois os outros dois foram empates. Se eles se contentam com isso, que assim seja.

Como bem falou o amigo Juarez, a vida deles é o Atlético: “enquanto o Coritiba se levar a sério como tem se levado, com um locutor que nos chama de “atletiquinho”, colocando músicas inteligíveis de sua torcida, postando A. Paranaense para tentar fazer chacota, enquanto seu ídolo se preocupa em fazer banana pra gente ao invés de comemorar uma bela vitória com sua torcida, fico tranquilo. A diferença nossa para eles é abismal e só tende a aumentar.”

Isso é verdade. Houve um tempo em que a nossa meta no ano inteiro era ganhar uma deles. Hoje as coisas se inverteram a um ponto em que a alegria deles, na condição de anti-atleticanos primordialmente, ao invés de coxas propriamente ditos, é ganhar da gente, mesmo passando o ano comemorativo em branco.

Sim, é claro que eu gostaria de ter sido vitorioso partida, de ter tascado mais um carimbo no ano do centenário deles além do título estadual, mas não foi possível e a vida segue, ano que vem teremos ao menos mais quatro clássicos e a história pode ser escrita de forma diferente (isso se eles não inventarem de fazer companhia ao Paraná na segunda, pois a tendência agora é voltarem ao normal nas partidas seguintes).

Por essas e outras, confesso que ontem eu pensei que estaria pior hoje, mas não. Parando bem pra pensar, peço licença mais uma vez para transcrever as palavras do nobre companheiro do Abranches, o grande Juarez: “melhor perder sendo atleticano do que vencer sendo coxa”.



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