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27 out 2009 - 13h52

Liberdade de expressão tem limites

Com tranquilidade para escrever sobre o tema-título desta, em vista da profissão que exerço com devoção, teclo estas linhas para expressar que me assustei com algumas opiniões vertidas neste espaço do ‘Fala, Atleticano’.

Particularmente com uma.

Já há algum tempo, percebi a irresignação de alguns quanto ao ‘congelamento do Rafael Moura’, como também a insurgência de outros em relação aos defensores do atleta.

Cornetagens são normais, pois tratam-se de predileções, exposição de opiniões, e nada mais.

Algumas menções mais exaltadas, outras argumentações bem articuladas em favor das decisões da Diretoria do Rubro-Negro, mas até onde consta, assunto interno nosso. Ou seja, roupa suja lavada para ser lavada em ambiente caseiro.

Mas agora, após a derrota no Atletiba de domingo – 25.10.09 – certas posições me parecem plenamente contrárias a quem se diz torcedor das coisas do Furacão.

E tal não diz respeito a qualquer clamor ou brado de inconformismo com a postura em campo dos atletas, aos erros e acertos da comissão técnica ou a determinadas ações da diretoria.

São opiniões que merecem maior – e melhor – atenção dos revisores deste espaço, pois atingem como um todo à instituição que amamos, o Clube Atlético Paranaense!

Me assalta algumas indagações:

– será que vamos nos portar à semelhança dos torcedores de nosso rival e invadir Aeroportos para agredir jogadores?

– vamos escurraçar treinador fazendo com que o mesmo fuja escondido no ônibus da equipe adversária ?

– iremos ‘furtar’ bandeirões e faixas das organizadas rivais para exibir como trunfo ?

– seremos ingratos (e a ingratidão é uma mer** maior que a inveja, costumo dizer) com pessoas que alavancaram ou prestaram-se a pilar do clube como muitos dos verdes o são?

– enfim, nos igualaremos a atitudes e posturas censuráveis sob todos os aspectos, abandonando a desportividade e comportamentos altivos que sempre nortearam nosso ideal?

Penso que devemos ruminar alguns resultados adversos e especialmente pensamentos contrários, mesmo que se tratem de baboseiras ou sandices.

Mas sem fazer de um mero revés terra arrasada.

Todos possuem o sagrado direito de se manifestar, porém, com as devidas cautelas para que o teor de suas assertivas não ultrapasse a certos limites, quanto mais que não firam a imagem de alguém, e especialmente do clube.

Aqui, nesta coluna, é possível perceber algumas opiniões de certa forma maquiadas, que não se tratam de inconformismo, brados e elogios voltados ao exercício das retóricas apropriadas a tal finalidade.

Francamente, leio atentamente a quase todas as posições esposadas por valorosos atleticanos que aqui expõem suas ideias e me submeto a divergir, acompanhar e mesmo a modificar muitos dos meus pensamentos a respeito dos temas articulados.

Mas me parece que o lugar está de alguma forma contaminado por gente estranha ao meio, que se vale da disponibilidade para teclar afrontas e chacotas ao Clube Atlético Paranaense e a seus integrantes.

Como faço parte deste universo – ou microcosmo? – e penso, fui atingido, cumpre-me o aqui o desagravo.

Que deve ser da mesma forma do que o agravo: em público.

Democracia possui limites e as palavras destiladas neste espaço merecem receber o crivo de salutar análise dos responsáveis antes de serem lançadas a disposição de todos.

E não se trata de censura, mas de percepção, de refinamento, de cautela com a exposição de algumas ideias escritas, haja vista não significarem outro propósito – diferentemente de criticar ou enaltecer fatos, personagens e símbolos – senão denegrir, menosprezar e desonrar o Clube Atlético Paranaense e sua legião de admiradores.

Um dos maiores cronistas e poetas do Paraná – para mim simplesmente o melhor – verdadeiramente um artista no uso das palavras – já falecido, empresta o nome a quem dirijo a temática destas linhas.

Ante a capciosa mensagem de conteúdo sub-liminar emitida no pronunciamento exposto nesta coluna e ora rebatido, saliento e afirmo:

Não ‘amarelamos’ jamais, pois somos rubro-negros e conhecemos seu valor!

Não somos covardes, frouxos, medrosos ou fregueses dos coxas ou de qualquer clube deste país… somos uma vez e sempre Atlético !

E com o manto sobre a pele, podemos afirmar, sem qualquer dúvida, que a camisa rubro-negra só se veste por amor !



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