27 out 2009 - 21h43

Malucelli defende menos torcida visitante em clássicos

Diante dos fatos de extrema violência em dia de clássicos regionais na cidade de Curitiba, o presidente do Atlético, Marcos Malucelli, defende a redução do espaço destinado à torcida visitante em clássicos locais. Em entrevista à Rádio CBN Curitiba nesta terça-feira, o dirigente atleticano disse que chegou inclusive, antes do primeiro jogo entre a dupla Atletiba no Brasileiro, a propor a redução da carga de ingressos ao adversário pela metade – ou seja, 5% da capacidade do estádio, contra os atuais 10% que são destinados.

Após o clássico Atletiba do último domingo, no Couto Pereira, um incidente lamentável ocorreu na escolta da Polícia Militar que levava os atleticanos de volta à Arena da Baixada. Próximo ao estádio atleticano, dois torcedores foram covardemente atropelados por um motorista torcedor do Coritiba. Uma das vítimas está internada no Hospital do Trabalhador em estado gravíssimo, correndo risco de morte.

“Sugeri reduzir a carga de ingresso a 5% para a torcida visitante. Com menos pessoas, a segurança ficava mais fácil para controlar os torcedores. Diminuindo a torcida adversária, circula menos gente na cidade e consegue-se a controlar melhor. A minha proposta é diminuir para ver se controla”, disse Malucelli na entrevista à Rádio CBN. O dirigente completou que, se caso a redução não tivesse efeito, aí sim se deveria pensar na possibilidade de clássicos locais com a presença de apenas uma torcida – a do clube mandante do jogo.

Ele revelou que pretende levar essa proposta ao Ministério Público e à Secretaria de Segurança, além de apresentar essa possibilidade aos demais clubes da capital.

Segundo o dirigente atleticano, os confrontos entre torcedores que há fora dos estádios passa a ser um problema maior, que envolve as autoridades do Estado e do município, e não os clubes de futebol. “O problema maior é que as brigas não são dentro do campo. Daí é um problema da segurança pública da cidade, do Estado. Não adianta colocar culpa em torcida organizada, no caso de domingo nenhum é integrante de organizadas e houve o confronto, o incidente, a morte (sic) de um torcedor de 21 anos de idade, que perdeu a vida absurdamente.”

Malucelli cobrou, ainda, maior rigor do policiamento nos dias de clássico. “O problema é de segurança pública. Essas autoridades devem satisfação à população, não se ponha culpa nos clubes. O confronto é fora, é antes e depois do jogo. Às vezes até com torcedor que nem foi ao jogo. O problema vem de fora para dentro, as autoridades públicas têm que atuar preventivamente. E a atuação é fraca”, avalia o presidente atleticano.



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