Anos atrás, podíamos ir a um estádio e assistir quatro times da capital paranaense jogando, com o estádio sendo compartilhado pela torcida dos quatro times.

Eram outros tempos e não presenciávamos o horror dos tempos atuais.

Há alguns anos, começamos a assistir brigas fora do estádio, com agressões a torcedores, sejam de que times fossem.

Uma camisa era um troféu perante grupelhos que se diziam torcedores, um espancamento o grande feito de um animal que melhor seria estar pastando.

O negócio acabou piorando cada vez mais, com mortes de torcedores em locais que nada tinham a ver com o placo do espetáculo.

Uma bomba caseira ceifou a vida de um adolescente que cometeu o grave crime de estar com a camisa de seu clube preferido.

As depredações de ônibus e carros, essas eu duvido que tenha algo relacionado aos clubes de futebol.

Tem muitos problemas relacionados mais à segurança pública do qu às torcidas organizadas.

Mas o foco principal são os estádios, onde duas torcidas são confrontadas e as provocações ultrapassam o limite da sanidade mental dos seus atores.

Os atos, os gestos, as agressões verbais, estão mais adequadas à pessoas que deveriam estar em uma clínica psiquiátrica e na cadeia.

Nosso estádio, que não tem a ver com a história, a não ser o de ser um teatro agradável aos torcedores, com um espaço que minimamente respeita quem paga os ingressos, muito tem sofrido em clássicos.

Já assisti a turma da ‘fronteira’ em provocações e troca de bombas.

Já assisti o ‘torcedores’ pulando sobre as cadeiras tentando quebrá-las, como se assim atingisse um pedaço do coração atleticano.

Já assistimos a quebra de banheiro do vestiário por dirigentes do time adversário.

Já vimos tentativas de incendiar as arquibancadas da Arena.

Já vimos mortes, já vimos depredações, já vimos vandalimos… o que mais está faltando?

Ora, seja feita a vontade de uma minoria imbecil se a segurança pública não dá conta:

CLÁSSICO DE UMA SÓ TORCIDA.

Chega, o envolvimento de toda sociedade organizada é menor, o trabalho da segurança pública é menor, o custo social é menor.

Esta é uma grande solução… o time que ganhar, ganhou! Parabéns!

E o grande final é A VIDA CONTINUA, que com certeza não foi a sorte de João Henrique Vianna.

Só tenho pena de uma coisa, quem perderá será o futebol…