E a culpa era da cerveja
Quiseram mascarar e arrumar um culpado para a violência nos estádios ou fora deles e acharam na cerveja o início de tudo.
Está mais do que provado que não são uns goles de cerveja dentro do estádio que provoca toda essa baderna que virou torcer para um time de futebol.
Marginais mancham a imagem dos clubes simplesmente porque seu time perdeu para o maior rival e se esquecem que a vida de um ser humano vale muito mais do os 90 minutos de uma partida.
Hoje temos medo de sair na rua com a camisa de nosso time do coração simplesmente porque corremos o risco de algum imbecil, de alguma organizada ou não, queira tirá-la na marra.
Isso precisa acabar. Não adianta fazer passeata em nome da paz nos estádios se o que acontece é fora deles. Não adianta proibir que o cidadão de bem tome sua cervejinha acompanhando seu time do coração se marginais de organizada ou não enchem a cara de tubão e outras coisas mais e saem por aí distribuindo violência e depredando o patrimônio público.
E a família desse jovem que morreu? Poderia ser um torcedor do time deles ou um paranito, ou um flamenguista, ou um santista, não importa. Poderia ser de qualquer time de futebol do mundo, mas que possui família e certamente seus pais chorarão lágrimas de sangue e com certeza será uma ferida que jamais cicatrizará.
Chega de proibir cerveja, que punam-se os culpados. Chega de ficar procurando um culpado onde não existe, sendo que as autoridades sabem onde exatamente onde elas estão. É preciso acabar com essa selvageria antes que mais famílias chorem a perda de seus entes queridos por causa de algo que deveria somente nos trazer alegria.
Por enquanto, vamos colocando a culpa na cerveja e empurrando com a barriga até que se ache um outro culpado, pois no Brasil é mais fácil dessa forma do que se achar soluções para os problemas.