Não à torcida única
Muito se fala de torcida única nos estádios. Quanto mais se restringe a torcida visitante, mais animosidade se cria dentro e fora de campo. Depois que impuseram a cota de 10% de ingressos para os visitantes, multiplicaram-se as batalhas dentro dos estádios – vide o quebra-quebra que os porcos sempre realizam na Baixada e que nós constantemente fazemos no Chiqueirão.
Quando há menor quantidade de torcedores no estádio, a PM, burra, tenta reprimir a minoria ao invés de controlar a maioria que, se pudesse, lincharia o outro lado. No Chiqueiro tomamos corridão direto. Na Baixada, eles constantemente tomam atraso.
Porém, será que a solução é ter somente uma torcida? Realmente acredito que não!
Uma das coisas que eu mais gosto é ir naquela espelunca chamada couto pereira e gritar GOL em cima dos porcos. Não quero deixar de ter este direito somente porque alguns idiotas não conseguem se controlar.
Quanto menos visitantes nos clássicos, mais espaço para as pessoas que querem arranjar confusão. Pra mim, tinha que todo clássico ser meio a meio. Isto abriria uma margem para pessoas que não querem confusão pensarem ‘haverá muitos de nós, não preciso ter medo!’. Este pensamento coletivo da maioria (pois a maioria é de bem!) inibiria a minoria violenta.
Quem já assistiu jogos no Rio de Janeiro sabe disso. No Maracanã, há um espaço destinado a quem quiser torcer. Já vi Flamengo e Inter, e Cruzeiro, com torcedores desses dois times nas arquibancadas brancas, maioria absoluta de flamenguistas, e sem nenhum tipo de problema.
O problema ocorre quando se tenta restringir. Isto leva a uma estigmatização do adversário como inimigo. E aí o pau come!