Sobre tudo… um pouco
Nós, que tanto acusamos o time branco de calção preto e meias cinzas de ter se apequenado, voltamos a nos encolher. Estamos nos habituando, ano após ano, a campanhas medíocres nos campeonatos a que nos propomos disputar. Qualquer criatura que conheça nossa estrutura não consegue acreditar que fomos muito mais determinados e com campanhas muito mais honrosas enquanto tínhamos orçamento dividido entre futebol e crescimento patrimonial do que agora, que temos um estádio (praticamente) pronto, um centro de treinamento finalizado e um plano de sócio de sucesso. Alguém explica?
O assunto do momento é o Alex Mineiro. Não acredito num só atleticano que desmereça ou ignore a singular importância de Alex Mineiro no CAP, todavia, também acredito que quem vive de passado é museu. Não contratamos um ídolo pra ser aplaudido, contratamos um jogador confiando na sua capacidade de resolver a nosso favor. Isso não está acontecendo. Certamente seu alto salário não está atrelado a produtividade, da mesma forma que certamente não há qualquer vínculo entre salário e gratidão. Fato é que cada coisa deve ocupar o seu lugar: o ídolo estará eternamente na nossa história, mas o jogador com contrato vigente precisa produzir. Não acredito que qualquer atleticano venha a vaiar Alex Mineiro. Seria algo surreal, entretanto, alguém da comissão técnica poderia acordar pra vida e ver que ele está infinitamente aquém do que precisamos e esperamos dele. Não merece a titularidade, e, sequer tem merecido o banco.
Mais uma vez estamos tentando salvar nosso pescoço. Todos os comentaristas sérios compreendem nosso time como merecedor de posicionamento na metade superior da tabela, contudo, nós mesmos é que parecemos não acreditar que somos capazes, tamanha a assiduidade que nos encontramos na mesma situação precária. A tristeza em ver um clube que superou tudo e todos se perder na sua própria trajetória é indizível. Espero sinceramente que o delegado consiga por na cabeça desses caras que vergonha é algo inerente ao homem de moral, ao homem persistente, pois não gostaria de ver esse time presentear catastroficamente nosso rival no ano da comemoração de um dos centenário mais reles do futebol do Brasil. Eles não conseguiram conquistar nada, espero que não conquistemos por eles.
A coisa está feia, que ninguém se engane. Teremos verdadeiras batalhas pela frente. Além de ser vencedor no duelo de domingo, gostaria sim de ser surpreendido com uma vitória lá no Rio…