Consequências das circunstâncias
Quando o Atlético tinha acabado de fazer o gol e ganhava por 1 a 0 do Cruzeiro, e o narrador do Sportv anunciou que o Lopes iria trocar o Marcinho (meia-atacante) pelo FransÉrgio (volante), eu falei para um (até então) feliz coxa-branca e amigo meu, que assistia o jogo ao meu lado na casa de praia: Acabamos de fazer 1 a 0 porque colocamos 3 atacantes em campo, falta mais de 20 minutos pra acabar o jogo, ele vai puxar o time pra trás e queimar a 3a. substituição.
Eram dois erros:
Primeiro: 1 a 0 nunca foi placar seguro antes do juiz apontar o centro do campo;
Segundo: se era pra fazer a terceira substituição em um jogo tão importante, esta deveria ser feita (salvo em caso de contusão), nos minutos finais da partida. Pra esfriar o ímpeto do adversário, deixar o tempo correr e mais que isso: o Marcinho era um dos poucos atletas em campo em condições de fazer o segundo gol do jogo e liquidar a fatura.
Antônio Lopes não é mais um ‘novato’ no futebol para não saber disso. Porém, Lopes é o único técnico que, na ocasião, aceitou dirigir o Atlético que estava em frangalhos na ZR. Portanto, ele é apenas consequência do que o Atlético vem se transformando nos últimos tempos. Um clube que forma elencos de segunda linha.
E infelizmente, ao término do primeiro ano da gestão Malucelli, a situação mostra sinais de piora, pois além do descaso no departamento de futebol continuar (como vinha acontecendo na gestão Petrglia), continuamos lutando para não cair até a última rodada e com dois agravantes a mais: em 2010 não teremos nenhuma competição internacional para disputar e, pelo andar da carruagem, não teremos mais Copa do Mundo em nosso estádio e talvez em Curitiba.
Infelizmente tudo que está acontecendo é consequência destas circunstâncias (falta de planejamento e investimento no futebol).