Adivinhem quem será rebaixado
Ainda estou possuído daquela sensação deliciosa que foi ter participado da festa na Baixada no último domingo, reencontrar todos os velhos amigos atleticanos das cadeiras próximas a minha, ter vibrado como nunca com os gols que afastaram o Atlético definitivamente da Segunda Divisão.
O nervosismo inicial, o time começou inseguro e logo aquela bola na trave do gol da Buenos Aires, notícias nada alvissareiras vindas das Alterosas quando o coxa marcou o primeiro gol e o Fluminense fazendo dois gols relâmpagos deixaram todos nós preocupados. Entretanto, logo depois tivemos o alívio com o gol de Wallyson, no final do primeiro tempo. E o final da história todos conhecem: com o golaço do Paulo Baier e a festa que tomou conta da Arena da Baixada ao apito final do árbitro.
A vitória sobre o time carioca não foi apenas importante para nos livrar do rebaixamento. Foi sim um cala-boca nestes terroristas da mídia, principalmente do Rio de Janeiro, que já nos taxavam como prováveis rebaixados. A transmissão do Canal SporTV foi completamente parcial e a atuação do Sr. Raul Plasmann foi de fato lamentável.
Ontem, na transmissão do jogo Fluminense X LDU, com narração do Galvão e comentários de Junior, foi perguntado ao ex-jogador do Flamengo se a garra que o Fluminense apresentava seria a principal ferramenta para o Flu escapar do rebaixamento. O Junior falou que não só a garra, mas o bom futebol do tricolor carioca irá salvá-lo da 2a. divisão. Ora essa, não é o cúmulo da arrogância carioca. Pobre coxa, já está virtualmente rebaixado.
Você, atleticano fanático como eu, já imaginou uma situação dessas. No ano do Centenário o clube se encontrar numa ‘sinuca de bico’ como essa. Ponha-se no lugar deles, já imaginaram em 2024 o Atlético sem títulos, lutando contra o rebaixamento, contra tudo e contra todos. Pois é, assim está o Coritiba. Não tenham dúvidas que tudo farão para manter Bota e Flu na 1a. divisão. Dois times cariocas que simplesmente nos desprezam e não nos respeitam, pois para eles o futebol paranaense não existe.
Ratifico minha posição sempre contrária a autofagia, desunião e mesquinhez de grande parte de nossos dirigentes e da nossa mídia cujo único interesse é desfazer de nossas poucas glórias já conquistadas e manter nosso futebol no ostracismo, em segundo plano comparado aos outros centros, agindo de forma anacrônica, egoística e pouco profissional.