Invejinha saudosista
Chegamos a mais uma rodada final do Campeonato Brasileiro e, depois de oito anos, outro rubro-negro tem a chance de levar o título mais cobiçado do nosso futebol. Neste domingo acordei pensando nisso… Na verdade acordei com o hino do Flamengo ecoando pela minha janela às 9 horas da manhã (!). Isso me fez relembrar as finais de 2001, quando Curitiba foi tomada pelo mesmo sentimento.
Lembro do quanto foi emocionante ver a cidade pintada de vermelho e preto. Nas rodinhas o assunto era a conquista do Brasileirão, os torcedores se reuniram em torno de uma única causa: a conquista. Naquele momento as controvérsias deixaram de existir, as críticas desapareceram, o Atlético era perfeito, de conduta inabalável e idônea. E era assim que tinha que ser – o sentimento mais puro imaginável.
Hoje é possível perceber o mesmo clima aqui no Rio. Apesar de não ser torcedora do Flamengo, me sinto comovida por isso e gostaria que eles conquistassem o título, ciente do que tudo isso vai acarretar: zilhões de pessoas que vão ficar o próximo ano enaltecendo a gestão profissional do clube, a ausência de dívidas, uma infra-estrutura sem goteiras e blá-blá-blá.
Aí que entra um pouco desta invejinha saudosista. Lógico que tudo o que eu queria era ver hoje o meu Atlético nesta situação: com a bainha da calça por fazer, mas prestes a ser campeão. Melhor do que passar por mais uma competição fazendo figuração.
Ontem zoava aqui no Rio uns amigos flamenguistas que comentavam a espera de 17 anos por esta conquista. Dizia entender isso, afinal, tinha vivido este sentimento ainda neste século, que era algo recente para mim! Quase fui expulsa da rodinha! Não podia perder esta chance, né! Inveja tem limite! ;-p