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18 dez 2009 - 7h51

Ironia

A vida é mesmo uma grande escola, e talvez a ironia, na sua face positiva, seja uma das formas mais inteligentes de ensino, claro, desde que o “aluno” tenha sensibilidade e inteligência para discerni-la. Permitam-me descrever o que vi e o que vejo.

Em relação às cenas de barbárie (que dispensam maiores comentários, pois tudo já foi mostrado e dito por todos), fico rindo de canto de boca ao vivenciar as atitudes do poder público municipal, estadual, dos torcedores ervilhas, da imprensa e dos profissionais que defendem o nosso co-irmão.

Realmente a vida nos castiga e nos cobra (muitas vezes com juros) quando fugimos do caminho da retidão. Pode ser hoje, em breve ou muito além, ninguém sabe quando, mas sem dúvida nos cobrará.

O que vi foram os coxas, tomados de inveja e recalque extremo, nos fazerem ficar sob o anel da Mauá e nos arremessarem tijolos, barras de ferro e tudo mais, o que em NENHUM dito Estádio no Brasil deveria existir, sem que a polícia tomasse qualquer atitude contra os mesmos, pelo contrário, ainda foram nos agredir também. Para não me alongar nessa situação, cito o atletiba da fase final na Arena nesse ano, onde fomos vencidos, mas chegando uma hora antes, pude observar oito arremessos de bombas na torcida do CAP. Arremessos esses que foram realizados ao lado dos policiais que formavam o cordão de isolamento da PM na torcida do coxa. No oitavo arremesso, a torcida atleticana revidou e só aí a polícia agiu, primeiramente contra a nossa e depois contra a deles. Logo após, no jogo da máscara em Cascavel, a RPC não repetiu e omitiu imagens dos torcedores coxas atirando bombas contra a torcida do Santos.

Vi também toda a imprensa verde concordando, de forma velada, com o Coritiba não emprestar o pinga-mijo para fazermos a final da Libertadores, mesmo antes de pedirmos por isso. Presenciei também o foguetório quando do caso do Ivens Mendes, da falta de representatividade de nossa mídia nas ocasiões do CAP.

Pois bem, poderia relatar uma enciclopédia de situações que presenciei e muitos, mais experientes que eu, poderão aumentar ainda mais essa coletânea, mas paro por aqui. Já é o suficiente para resumir o que vejo.

Vejo uma imprensa coxa desesperada, sem argumentos, sem quaisquer subsídios para contrapor ao que as imagens nos mostraram, mas mesmo assim, se arrastam e clamam pelo apelo do perdão popular.

Tentaram todos os mais variados tipos de argumentos, até transferir o motivo da baderna pelo atraso do Fluminense! Que desespero! Chupem também seus trouxas! O tempo mudou e vocês ficaram para trás, já não possuem maior torcida, melhor estádio e nem hegemonia nacional. Aceitem a realidade ou vão pagar um preço mais alto ainda.

Para quem é decente, torna-se hilário ver e ouvir as entrevistas e reportagens sobre os ervilhas. O jovem advogado parece um ator de terceira categoria. Ao ser indagado momentos antes da audiência sobre a relação clube-torcida, responde em tom irônico e arrogante: rompemos (oops), quero dizer, não havia nenhuma relação com a torcida, mas rompemos mesmo assim com a Império. Sem maiores comentários!

E agora Polícia Militar? Protegeram tanto os coxinhas e essa foi a retribuição! Como Instituição, bem feito! Como corporação formada por seres humanos, lamento e lamento muito mesmo. As cenas daquele policial caído e protegido pelos colegas, devo confessar, me causou extrema aflição. Mas é sempre assim, por atitudes ou omissão delas, os peões pagam e o Comando se esconde! Espero que também essa relação tenha sido rompida.

Consigo ver também que alguns atleticanos chegam a ter compaixão com a causa. Eu não. Tenho compaixão para com vários amigos coxas, pessoas de bem, que na verdade são a maioria de qualquer clube. E o jovem advogado, imbuído de arrogância, prepotência e tudo o mais, vem declarar que até advogados “ditos” entendidos do assunto de nossa plaga, não sabe o porquê, tem se manifestado contra o Coritiba. Pois bem não entendo nada de direito, mas tanto Mafuz (atleticano) como Domingos Moro (coxa), antecipadamente aconselharam a não fazer do Coritiba a vítima. Pois bem, parece que sabiam o que diziam e que quem jogou contra o Coritiba foram vós mecêis, né mesmo, moço sabichão?

Mas o tribunal agiu bem e explico: todos da imprensa, do clube e de todos os setores envolvidos tentam achar uma saída, um argumento. Fazem analogia com o episódio do Pacaembu, Fonte Nova e até mesmo citam (só agora) com pesar, o da Laranjeiras com o Ricardo Pinto.

Porém, esse caso para mim é muito distinto, por um único motivo: praticamente nenhum jogador dos dois times foi agredido, o massagista do Fluminense foi atender um jogador na lateral da Mauá bem no final, e portanto ficou no lugar errado na hora errada. A grande guerra que se instalou foi torcedores contra polícia, e isso a gente só vê ocorrer ou fora ou no estádio, e não dentro do gramado. Essa é a grande diferença de todos os outros casos. Claro que houve depredação do patrimônio e tudo o mais.

Finalizando, não adianta querer vir com mentiras: o comando da polícia é culpado pela falta estratégia e de contigente inadequado; o Clube sabia e não contratou seguranças suficientes, além de baixar o preço dos ingressos, fazer campanha de “guerra” como marketing sabendo que era iminente o que ocorreu; a imprensa também tem sua parcela por omitir e tentar “vender” uma qualidade técnica do time que nunca teve, enfim, iludiu o torcedor.

Que seja punido exemplarmente, mas que sirva para todos os clubes brasileiros com o mesmo rigor, sem diferenças de camisas e interesses.

Que sirva para aqueles idiotas “que se dizem” atleticanos que ficam jogando copinhos da arquibancada, atirando bombas, brigando entre si, prejudicando nosso clube.

Saudações rubro-negras, o verdadeiro clube de primeira do Estado do Paraná!



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