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18 dez 2009 - 20h23

Uma conta que não fecha…

Me intriga a vinda de alguns jogadores que estão voltando da Europa para os clubes brasileiros.

Bem, já estão com o prazo de validade vencido e estão buscando o arroz para o fim da festa.

Saíram de clubes de futebol que os formaram e hoje possuem grana suficiente para comprarem os mesmos clubes.

As terras além mar são ávidas por novos talentos, por sangue novo e o espaço dos caras encurtaram.

Mas também há a crise de outubro de 2008 que ainda faz efeito na grana do futebol europeu… resta ainda o Brasil.

Mas aqií o negócio é em real e um ingresso não custa 600 euros, ou seja, a banana tem preço de banana… ainda.

Contudo, me intriga mais ainda como sustentar um sultão do futebol com o salário que os caras estão pedindo…

…e o pior… como pagar o preço inflacionado dos caras que se destacam na terras brasilis…

Pode até ser algo justo, afinal, carreira de esportista é curta… veja qualquer profissional pode juntar o pé de meia por cerca de 35 anos – relacionado uma ideia de previdência social.

Um atleta tem carreira curta, cito o exemplo de Guga, nosso grande tenista brasileiro. Por cerca de 8 anos esteve no ápice do mundo… e ali era o momento de fazer o pé de meia.

Tenistas, nadadores, jogadores de vôlei, jogadores de futebol, ginastas e por aí vai… possuem um auge físico por uma certa duração… é o limite do corpo humano… é a natureza… não dá para vencê-la.

Então tá… que busquem o capim para os tempos de vacas magras… normal, honesto e por aí vai!

Mas na seca terra de onde canta o sabiá o capim não cresce tão vistoso assim.

Uma partida de futebol, citando nosso exemplo, rende ao Atlético cerca de 200 mil reais limpos em bilhetagem, o que dá cerca de 400 ou 600 mil por mês.

Rolam os 400 mil reais da TV – quando é Campeonato Brasileiro.

Mais a grana de publicidade do estádio e a venda de produtos licenciados e está aí a renda do clube.

Aí reside minha indagação… como fechar um contrato de 400 mil reais mensais com apenas 1 jogador de futebol?

De onde arrancar dinheiro para pagar esse contrato na realidade do futebol brasileiro?

Não podemos reclamar de um campeonato medíocre com um bando de pernas de pau que não conseguem acertar um passe de 3 metros… essa é a nossa realidade!

Claro que é uma realidade imposta pelo mercantilismo que vige no mundo do futebol-empresa/empresário… e a torcida que durma com esse barulho!

O que não pode é o Clube de Futebol morrer. Não pode nossa história do esporte fenecer por esse motivo… à torcida resta ter paciência e não ser leniente com as imposições salariais de nossos esportistas das quatro linhas.

É isso!



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