21 dez 2009 - 22h37

Há dez anos, Atlético conquistava a Seletiva

O dia 21 de dezembro pode ser considerado uma prova de maioridade para o Clube Atlético Paranaense. Há dez anos, em 21 de dezembro de 1999, o Furacão, mesmo com uma derrota no Mineirão, conquistava o título da Seletiva e garantia vaga na primeira Libertadores da América de sua história. Mais do que isso, o título da Seletiva foi o passaporte oficial do clube rumo ao reconhecimento nacional e a arrancada para ser conhecido internacionalmente.

Depois do título da Seletiva, conquistado há uma década, o Atlético cravou seu nome entre os grandes do futebol brasileiro, com a conquista do Brasileiro de 2001 e o vice em 2004, teve três participações na Libertadores da América (2000, 2002 e 2005) conquistando, ainda, o vice-campeonato do torneio em 2005, e quatro participações na Sul-Americana (2006, 2007, 2008 e 2009), sendo semifinalista em 2006.

Para muitas pessoas o título da Seletiva pode significar pouco. Não para os atleticanos. A conquista do torneio pode ser considerada o primeiro grande título do Furacão ao longo de sua história, superando grandes e tradicionais adversários da elite do futebol brasileiro da época. Mais do que uma taça, vencer o torneio deu ao clube condições de participar de sua primeira Libertadores na história.

Torneio Seletivo

Em 1999, a Confederação Sul-Americana de Futebol decidiu ampliar o número de participantes na Libertadores 2000. Como o Campeonato Brasileiro já estava em andamento, a CBF decidiu que o terceiro representante brasileiro na competição (além do campeão Brasileiro e do campeão da Copa do Brasil) seria decidido em um torneio que reuniria clubes eliminados no Brasileirão.

O Atlético, nono colocado no Campeonato Brasileiro daquele ano, encabeçou as duas primeiras fases da Seletiva – e depois de passar por Portuguesa, Coritiba e Internacional, passou a disputar, em jogos eliminatórios, contra as equipes classificadas para as oitavas, quartas e semifinais do Brasileirão. Era a elite do futebol brasileiro decidindo quem teria a honra de representar o país na Libertadores da América de 2000.

!Uh, Calderón!

A nona colocação no Campeonato Brasileiro de 1999 garantiu ao Atlético o posto de melhor equipe do Sul do país na competição. Se faltou um degrau para a classificação entre os oito, o consolo foi que o time encabeçou a lista de clubes que disputaram a Seletiva, torneio que decidia o terceiro representante do Brasil na Taça Libertadores da América.

Na competição, disputada no sistema de mata-mata, o rubro-negro jogou dez partidas, com cinco vitórias, um empate e quatro derrotas. A equipe marcou vinte gols e sofreu quatorze, tendo Lucas como principal artilheiro, com cinco gols.

Logo no primeiro confronto, o Atlético percebeu que o caminho mais curto para a Libertadores era também bastante complicado. Depois de perder por 3 a 1 para a Portuguesa, no Canindé, foi preciso muita vontade e superação para fazer 2 a 0 na Arena e garantir passagem para a segunda fase.

O próximo adversário foi justamente o rival Coritiba. Uma goleada, de virada, por 4 a 1, no Couto Pereira, praticamente decidiu a classificação. No jogo de volta, na Baixada, o time administrou o placar e se garantiu para enfrentar o Internacional. Depois de empatar por 1 a 1 no Beira-Rio, o Atlético assegurou a vaga ao vencer na Arena por 2 a 1.

A partir daí, acabou a vantagem de decidir em casa. Contra o São Paulo, em Curitiba, a vitória por 4 a 2 manteve a esperança da classificação para a final. No jogo da volta, no Morumbi, nem o apagão das luzes do estádio conseguiu abalar o time, que partiu para a decisão contra o Cruzeiro.

Final e passaporte carimbado

Apesar da competição ser disputada em jogos de ida e volta, o Atlético praticamente garantiu o título na primeira partida, na Arena. Numa tarde em que o artilheiro Lucas brilhou, o Furacão mostrou as garras para a raposa e conseguiu uma importante vantagem: 3 a 0.

No dia 21 de dezembro, o Atlético encarou um Mineirão lotado com 38 mil cruzeirenses. Mas os pouco mais de quinhentos atleticanos que foram até Minas fizeram a festa. O Atlético entrou em campo muito bem postado taticamente, com boas investidas ofensivas. Aos 29 minutos, o bom futebol foi traduzido em gol: Adriano chutou cruzado, sem chances para o goleiro André. Nem os dois gols de Alex Alves significaram uma ameaça à conquista atleticana. E quando o árbitro Oscar Roberto de Godoy apitou o fim do jogo, o sonho da América era rubro-negro, que pela primeira vez em sua história iria disputar a principal competição do continente.

Campanha

10 jogos: 5 vitórias / 1 empate / 4 derrotas / 20 GP / 14 GC

Portuguesa 3 x 1 Atlético
Atlético 2 x 0 Portuguesa
Coritiba 1 x 4 Atlético
Atlético 1 x 2 Coritiba
Inter 1 x 1 Atlético
Atlético 2 x 1 Inter
Atlético 4 x 2 São Paulo
São Paulo 2 x 1 Atlético
Atlético 3 x 0 Cruzeiro
Cruzeiro 2 x 1 Atlético

Artilheiros:
Lucas – 5 gols
Adriano – 4 gols
Gustavo, Kelly – 3 gols
Kleber – 2 gols
Cocito, Luizinho, Kleberson – 1 gol

Fonte: Hot Site dos 80 Anos – Furacao.com



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