O super mando
Muito tem se falado da fórmula atual do Campeonato Paranaense com o super mando. Embora seja uma fórmula digna dos analfabetos que a fizeram, ela é até justa e premia aqueles que fizeram a melhor campanha na fase de maior equidade do campeonato, quando todos jogam contra todos.
Imoral e desequilibrada eram as fórmulas dos campeonatos dos anos 70 e 80, quando o nosso maior rival ganhou a maioria de seus títulos, alguns no campo (deles) e outros fora dele. Era a fórmula do Davi x Golias, onde todos os clássicos eram disputados no estádio do rival, inclusive aqueles que o dono do estádio não participava (Ex. Atlético x Colorado), sempre lhe pagando 12% de aluguel de campo, sem direito a nada.
Naquele tempo não havia outras receitas, somente a bilheteria e os bares do estádio. Quando amanhecia garoando, era uma correria, já transferiam a partida para não prejudicar a renda.
O Atlético sempre tinha times razoáveis com jogadores da casa, mas o dono do estádio sempre tinha jogadores caros vindos de outros centros, geralmente do Santos, pois os nossos 12% davam-lhe caixa para contratar.
A crônica esportiva do time visitante, em especial a atleticana, não podia se manifestar contra o dono da casa, caso contrario, no final do jogo passaria por um Corredor Polonês na decida das escadarias de sua social, era o único acesso. Ainda hpa alguns destes cronistas que não vão mais a aquele estádio e tem mágoa destes tempos, mais tem outros que se esqueceram de tudo isto e dizem que o campeonato conquistado pelo Atlético no ano passado foi injusto devido ao Super Mando.
Parabéns ao cronista Carneiro Neto que não se esqueceu do que foi mesmo o super mando e justiça seja feita ao ex-presidente Moura, que nos libertou dos mandos do alto da glória. Atualmente temos o nosso belíssimo estádio graças ao grande presidente MCP.
Que venha o super mando e que ganhe o melhor, desde que seja o Atlético.