Esquema tétrico
Começo dizendo uma coisa incoerente com o resto do texto: eu gosto do Lopes, juro que gosto. Não tanto por mérito dele, mas pela renca de treinadores míopes que passaram pela Baixada nos últimos tempos e também porque acho que técnico precisa acima de tudo de tempo para conhecer seus jogadores.
Cascavel:
Não culpo nenhum jogador pelo fiasco que foi a partida em Cascavel, culpo o treinador.
Não há lógica alguma em escalar o time no 4-4-2 com três zagueiros. O coitado do Manoel apanhou o jogo inteiro, tanto dos jogadores do Cascavel quanto da bola. Não adianta, não é a dele. Manoel é um bom zagueiro e ponto.
Enquanto o Manoel se sacrificava na lateral direita jogamos com dois laterais esquerdos, um deles improvisado na meia, se embolando com o Alan Bahia e Azevedo! Como assim?
Bastava tirar o Chico ou o Rhodolfo, que coçaram a partida inteira, e colocar o Raul. Simples!
Até os goiabas da TV perceberam que o time estava sem lateral-direita.
Outra coisa: substituições! No momento de arrumar o time ele tira o Marcelo e o Alex Sandro que estavam bem na partida e coloca dois jogadores exatamente mantendo o esquema tétrico. Wallyson e Tartá.
Assim não dá Lopes, vamos no feijão com arroz. Bota o Raul ou o Gerônimo pra jogar do lado direito. Se não confia neles pra jogar contra o Cascavel, então estamos muito mal mesmo (o Raul está mal, está, só vai melhorar jogando. E espero que não o vendam porque daqui há dois anos estará arrasando em outro time por aí.)
E 4-4-2 já! Mas 4-4-2 com dois zagueiros, dois laterais, dois volantes, dois meias e dois atacantes.
Dá até pra jogar com três volantes e um meia, o que não dá é pra inventar esquema com ponta direita e zagueiro na lateral.
E cadê o Pimba, caramba!