Antonio Lopes: “O campo é horrível”
O técnico Antonio Lopes gostou do desempenho do Atlético na vitória sobre o Paraná Clube por 1 a 0, na tarde deste domingo, na Vila Capanema. Ele reconheceu que a atuação não foi primorosa sob o ponto de vista técnico, mas destacou o espírito de luta, a percepção tática do time e o sistema de marcação.
O Delegado não teve receio em criticar duramente a condição do gramado do Estádio da Vila Capanema. Na opinião do treinador, o gramado ruim prejudicou o espetáculo e atrapalhou as duas equipes. Segundo ele, o fato de o gol do Atlético ter sido marcado de cabeça é um indício da condição negativa do campo.
Confira os principais trechos da coletiva:
GRAMADO
“Eu vi uma parte técnica fraca das duas equipes. As duas equipes erraram muito porque o campo é horrível. Foi ruim para as duas equipes. A qualidade do passe não foi boa, errando muito o passe você cria pouco. Com um campo desse, só o cabeceio é que não é prejudicado.”
MARCAÇÃO
“Num aspecto tático, a equipe foi bem. A marcacão foi boa, o sistema de marcacão funcionou bem quando a gente estava com uma linha de quatro. Praticamente não demos chances de o Paraná criar chances claras de gol. No campo de ataque, não marcamos muito bem. Tentaram, o Bruno saiu exausto, o Marcelo também. Mas faltou uma chegada maior dos meias e dos nossos laterais para marcação no ataque.”
CHANCES DE GOL
“Trabalhamos bem, a evolução ofensiva foi boa, criamos boas jogadas de flancos. O gol até saiu por uma jogada elaborada pelo lado esquerdo, com o Azevedo, Netinho e a chegada do Chico. Criamos chances boas e claras de gols. Tivemos duas chances espetaculares com o Marcelo, na hora da conclusão ele não se portou bem, mas isso acontece.”
EXCESSO DE RESPEITO?
“Futebol não tem isso de respeito. Você tem de armar sua equipe de acordo com o que você vê. Eu não podia botar três atacantes, eu ia me suicidar. Não sou psicopata, não sou esquizofrênico. Esquizofrênico é que vai ao suicídio com facilidade.”
EXPULSÃO DE VALENCIA
“Quando ele foi expulso, botei três zagueiros. Puxei o Chico para a zaga, fiz uma linha de quatro à frente dos zagueiros, com a entrada do Raul. Formei uma linha com Gerônimo, Raul, Alan e o Azevedo, o Netinho à frente e mais enfiado o Bruno. Jogar com um jogador a menos num clássico prejudica, sem dúvida alguma. Mas armamos bem ali, modéstia à parte, e acabou dando certo.”